O Presidente Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (19/08) durante evento em Cuiabá (MT) que as manifestações marcadas para o Sete de Setembro serão pacíficas e que “não irão ameaçar a instituições”. O presidente complementou afirmando que “ninguém precisa se preocupar com o movimento de sete de setembro. O nosso povo é ordeiro, é pacífico, é patriota e, em sua maioria, acredita em Deus”.
Como é amplamente sabido, as manifestações da direita sempre foram pacíficas e dentro da lei, desde a época do movimento pelo impeachment da então presidente petista.
A tentativa recorrente por parte da velha imprensa e de setores do estamento burocrático e judicial de apresentar estas manifestações como sendo uma suposta ameaça às instituições e à democracia constitui-se apenas em narrativa, visando banir a direita e os conservadores do debate público, e cercear sua liberdade de expressão.
No entanto, em que pese a intenção do presidente de acentuar esta característica pacífica e dentro da lei das manifestações da direita, a afirmação feita por ele de que “ninguém precisa se preocupar com o movimento de sete de setembro” pode sugerir uma minimização do impacto político destas manifestações. E obviamente isto não é desejável.
O que se espera é que as manifestações pacíficas e dentro da lei marcadas para o Dia da Independência representem sim uma preocupação: uma preocupação para os setores do poder estatal que têm atuado à margem da Constituição Federal e que têm promovido ataques à liberdade e aos direitos fundamentais dos cidadãos.
O único sentido destas manifestações é justamente exigir que sejam restabelecidas a lei e a ordem no país, que as liberdades e garantias fundamentais dos indivíduos sejam asseguradas e respeitadas, o que inclui a observância do devido processo legal em processos judiciais. O presidente confirmou também que estará presente nas manifestações de Brasília (DF) e de São Paulo (SP), na Avenida Paulista.
Paulo Eneas, Crtítica Nacional