segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Roberto Castello Branco descarta privatização da Petrobras

Futuro presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco Foto: Divulgação
Futuro presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco Foto: Divulgação

O novo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse ao GLOBO que não pretende privatizar a Petrobras.  O economista, que foi confirmado nesta segunda-feira para o comando da estatal a partir de janeiro no governo de Jair Bolsonaro, destacou que a prioridade será focar no aumento da exploração e produção de  petróleo, principalmente no pré-sal.
-A privatização da Petrobras não está em discussão. Eu nem tenho mandato para isso. E nem penso nisso. Vamos fazer a Petrobras   uma empresa forte e eficiente.  O modelo ideal para a Petrobras é a estatal chilena produtora de cobre, que atua em um cenário de competição com outras empresas globais - disse Castello Branco.
Sobre a venda de ativos como as refinariais e a distribuidora de combustíveis BR, o futuro presidente da estatal disse que ainda não há uma definição de como será feito. Ele destacou que hoje conhece a estatal "por  fora" e "vai tomar pé" das questões.
- A venda de ativos vai ser discutida de como fazer e o que fazer. Por enquanto, ainda nem passei na porta da Petrobras. Vou visitar o Ivan (Monteiro) e mergulhar nos dados e pensar na atuação que só começa em janeiro - destacou ele.  - Acompanho a distância. Durante a transição, vou me informar a respeito dos detalhes.
Castello Branco descartou mudanças imediatas na diretoria da estatal.
-Em princípio, a Petrobras tem uma equipe muito boa, com profissionais altamente capacitados. Não pretendo fazer grandes mudanças. É prematuro fazer qualquer análise nesse sentido.
No lado operacional, Castello Branco destaca que o foco será o aumento na produção. Ele disse que como meta o Brasil vai dobrar a sua produção de petróleo na próxima década.
- O objetivo é gerar valor para o acionista. A Petrobras vai ficar na exploração e produção do petróleo, principalmente o pré-sal, que é a nova fronteira de  produção no mundo. E a companhia tem tecnologia para isso. Esse será um ponto forte, que vai gerar mais empregos e mais arrecadação para o governo - afirmou Castello Branco.