Vídeo
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar se houve vazamento de informação antes da 24ª fase da Lava Jato que teria levado a ocultação de provas. Os documentos apreendidos na sexta-feira (4) vão começar a ser analisados.
Parte do material apreendido na sexta-feira (4) já chegou à sede da Polícia Federal em Curitiba. Agora, os documentos vão passar por uma perícia e o resultado servirá para orientar os novos passos da investigação, que quer descobrir se houve favorecimento, por parte de grandes empreiteiras ao ex-presidente Lula.
Na sexta, o ex-presidente Lula foi levado em condução coercitiva a prestar depoimento. Enquanto isso, investigadores cumpriam os 33 mandados de busca e apreensão.
Na sexta, o ex-presidente Lula foi levado em condução coercitiva a prestar depoimento. Enquanto isso, investigadores cumpriam os 33 mandados de busca e apreensão.
Um dos locais onde a polícia esteve foi no sítio em Atibaia, interior de São Paulo, que os investigadores acreditam ser do ex-presidente Lula.
Ele nega, diz que apenas frequenta o local em dias de descanso. Oficialmente, as duas propriedades rurais que compõe o sítio estão em nome de Jonas Suassuna e de Fernando Bittar, que são sócios de um dos filhos do ex-presidente, mas na sexta-feira durante a ação, os policiais encontraram no local apenas pertences de Lula e da família.
Em 2010, o sítio passou por uma reforma. A suspeita da força-tarefa é que as obras tenham sido bancadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, investigadas pela Lava Jato e também pelo pecuarista José Carlos Bumlai, preso em Curitiba e réu no esquema de corrupção da Petrobras. Fotos obtidas sexta-feira pelo Jornal Nacional mostram a cozinha que foi toda reformada. Outros locais onde houve busca e apreensão nessa fase da Lava Jato foram o Instituto Lula, em São Paulo, e a empresa Lils, de palestras, do ex-presidente.
Os investigadores disseram que 60% das doações para o Instituto Lula, vieram de grandes empreiteiras investigadas no esquema de corrupção da Petrobras. Essas empresas doaram mais de R$ 20 milhões para o instituto entre 2011 e 2014. A Lils recebeu quase R$ 10 milhões, no mesmo período.
Em 2010, o sítio passou por uma reforma. A suspeita da força-tarefa é que as obras tenham sido bancadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, investigadas pela Lava Jato e também pelo pecuarista José Carlos Bumlai, preso em Curitiba e réu no esquema de corrupção da Petrobras. Fotos obtidas sexta-feira pelo Jornal Nacional mostram a cozinha que foi toda reformada. Outros locais onde houve busca e apreensão nessa fase da Lava Jato foram o Instituto Lula, em São Paulo, e a empresa Lils, de palestras, do ex-presidente.
Os investigadores disseram que 60% das doações para o Instituto Lula, vieram de grandes empreiteiras investigadas no esquema de corrupção da Petrobras. Essas empresas doaram mais de R$ 20 milhões para o instituto entre 2011 e 2014. A Lils recebeu quase R$ 10 milhões, no mesmo período.
O Ministério Público Federal também investiga repasses para empresas de três filhos e uma nora de ex-presidente. O maior deles de mais de R$ 1,3 milhão, para uma das empresas de Fabio Luís.
Neste sábado (5), investigadores da Lava Jato disseram ao Jornal Nacional que houve uma "limpa de documentos, principalmente no Instituto Lula”. Para os investigadores há indícios de que computadores e materiais tenham sido retirados antes mesmo de os mandados de busca serem postos em prática. A suspeita começou dois dias antes de a operação de sexta-feira (4) ir pra rua. Neste sábado, o Jornal Nacional apurou que a Polícia Federal abriu um inquérito ainda na quarta-feira pra investigar se houve vazamento.
No documento enviado à Justiça para justificar essa fase da operação, o Ministério Público alega que "considerando os dados colhidos no âmbito da Operação Lava Jato, há elementos de prova de que Lula tinha ciência do esquema criminoso engendrado em desfavor da Petrobras, e também de que recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas decorrentes dessa estrutura delituosa".
E que "considerando que a estrutura criminosa perdurou mesmo após a saída de José Dirceu da Casa Civil, a continuidade das práticas ilícitas denota que alguém ocupante de cargo da mesma ou até superior posição hierárquica do governo federal participava do esquema. E o elemento comum para esses esquemas todos, detentor do poder de nomeação e beneficiado com o apoio político era, particularmente, Lula".
Na sexta-feira (4), após prestar depoimento, o ex-presidente Lula foi direto para a sede do PT em São Paulo, onde foi recebido por militantes e vários políticos. Em um discurso, o ex-presidente se disse perseguido. Protestou contra a condução coercitiva, disse que ela foi desnecessária, que não se furtaria a falar para os investigadores. O ex-presidente também negou todas a acusações.
No documento enviado à Justiça para justificar essa fase da operação, o Ministério Público alega que "considerando os dados colhidos no âmbito da Operação Lava Jato, há elementos de prova de que Lula tinha ciência do esquema criminoso engendrado em desfavor da Petrobras, e também de que recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas decorrentes dessa estrutura delituosa".
E que "considerando que a estrutura criminosa perdurou mesmo após a saída de José Dirceu da Casa Civil, a continuidade das práticas ilícitas denota que alguém ocupante de cargo da mesma ou até superior posição hierárquica do governo federal participava do esquema. E o elemento comum para esses esquemas todos, detentor do poder de nomeação e beneficiado com o apoio político era, particularmente, Lula".
Na sexta-feira (4), após prestar depoimento, o ex-presidente Lula foi direto para a sede do PT em São Paulo, onde foi recebido por militantes e vários políticos. Em um discurso, o ex-presidente se disse perseguido. Protestou contra a condução coercitiva, disse que ela foi desnecessária, que não se furtaria a falar para os investigadores. O ex-presidente também negou todas a acusações.
O Instituto Lula divulgou uma nota com críticas à operação. Disse que os investigadores divulgaram apenas parte da contabilidade, misturando entidades e recursos, com intenção difamatória. O instituto disse ainda que o ex-presidente Lula sempre esteve à disposição das autoridades para esclarecer a verdade e repudia qualquer insinuação diferente disso. Afirmou, também, que o Instituto Lula e a empresa Lils forneceram voluntariamente os dados solicitados pelo Ministério Público Federal e pela Receita Federal.
A Odebrecht disse que está colaborando com as autoridades e prestando todas as informações no âmbito do inquérito. A OAS não quis comentar. A empresa G4, do filho do ex-presidente, disse que prestou serviço e foi remunerada. Negou qualquer repasse de dinheiro. Nós não conseguimos contato com José Carlos Bumlai.