As contas do governo central (que incluem Tesouro, Previdência Social e Banco Central) registraram um superávit de R$ 44,124 bilhões no primeiro mês do ano.
O resultado, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27), é o melhor para o mês na série histórica iniciada em 1997 (considerando valores atualizados pela inflação).
O número representa um crescimento real de 41% em relação ao mesmo período do ano passado. Um ano atrás, o resultado havia ficado positivo em R$ 30,03 bilhões (valor nominal).
O número veio melhor do que previam os analistas do mercado, que estimavam um superávit de R$ 32,4 bilhões para o mês, conforme a mediana das projeções colhidas pelo Ministério da Economia até o quinto dia útil de janeiro.
As contas da Previdência continuam como as principais responsáveis por limitar os números, com um déficit de R$ 15,396 bilhões. Já Tesouro e Banco Central registraram superávit somado de R$ 59,52 bilhões.
A meta fiscal estabelecida para o governo central no encerramento de 2020 é um déficit de R$ 124,1 bilhões. Em 12 meses terminados em janeiro, o resultado está negativo em R$ 83,7 bilhões, o que representa 1,11% do PIB (Produto Interno Bruto).
De acordo com o Tesouro, os números foram impulsionados pela arrecadação federal do mês. O resultado foi ajudado pela maior arrecadação da tributação sobre o lucro das empresas, bem como pelo crescimento do recolhimento de Cofins.
Em breve, técnicos do Tesouro comentarão os números à imprensa
Fábio Pupo, Folha de São Paulo