domingo, 24 de março de 2019

Rodrigo Maia não presta e Onyx sabia, segundo José Nêumanne

Presidente da Câmara chantageia 
governo para blindar a si mesmo e
a correligionários do DEM, como 
Alcalumbre e Lorenzoni, nas
 investigações de combate à 
corrupção por operações da PF e 
do MPF




Codinome Botafogo na delação premiada da Odebrecht, presidente da Câmara nunca teve menor interesse em aprovar pacote anticrime nem de prestigiar Moro. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, nunca foi um caráter acima de qualquer suspeita, mas, se alguém já sabia disso há muito tempo, era o chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, seu correligionário do DEM, assim como também  o é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, feito chefe da mesa do Senado por influência direta do Palácio do Planalto.

Amuado com a prisão do sogrão, Moreira Franco, Maia achou o pretexto que sempre buscou: um meio de impedir a aprovação do pacote anticrime de Moro, chantageando com o abandono da articulação que o governo não faz no Congresso  da reforma da Previdência.

O presidente passou a bola para o Legislativo, ou seja, apenas entregou porte de arma pro inimigo. 

O Estado de São Paulo