sexta-feira, 29 de março de 2019

Relator da Previdência na CCJ diz que espera votação ainda no 1º semestre

Em seu primeiro compromisso público após ser anunciado  relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados (CCJ), o deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) afirmou nesta sexta-feira, 29, que conta com a votação da reforma na Câmara até o fim do primeiro semestre deste ano. 
"Eu vou trabalhar com esse prazo, procurando encurtá-lo na Comissão de Constituição e Justiça", disse, após a posse do novo superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais.
Freitas foi oficializado relator da reforma da Previdência mais de uma semana depois do prazo inicial. Após a comunicação à imprensa, o deputado disse não ter dúvida de que está preparado para enfrentar o desafio que tem pela frente. "Temos a tranquilidade necessária para conduzir com responsabilidade essa relatoria", disse.
Marcelo Freitas
O deputado federal Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) foi escolhido 
para a relatoria. Foto: Bruno Peres/Lid. PSL

Nesta sexta, Freitas evitou tratar de possíveis mudanças à proposta. "Para poder evitar qualquer discurso de parcialidade ou antecipação do relatório, eu não vou omitir juízo de valor prévio sobre a questão da admissibilidade da proposta", disse Marcelo Freitas.
Ele disse, contudo, que espera que o ministro da Economia, Paulo Guedes, possa ir ao colegiado na semana que vem - a previsão é dia 3 de abril - para incluir algumas sugestões que possam surgir, nessa sabatina, em seu relatório.
Indagado sobre a demora de seu partido em fechar apoio à proposta de reforma previdenciária, ele minimizou a questão. "Para reunir toda a bancada e fechar uma questão, é naturalmente demorado. Mas nós iremos apoiar integralmente o presidente da República no Congresso Nacional", disse o parlamentar.

Deputado explica críticas

Marcelo Freitas afirmou que as críticas anteriores feitas por ele sobre as mudanças nas regras previdenciárias não afetarão seu trabalho como relator. De acordo com o parlamentar, suas opiniões se referiam à proposta de reforma anterior, enviada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). "A reforma anterior diverge completamente da nova reforma. São textos e objetivos bem diversos, por isso não há divergências com o que eu disse", destacou. Por ser delegado da Policia Federal, Freitas já saiu em defesa dos servidores públicos que seriam afetados pela PEC. 

Além disso, Marcelo Freitas defendeu o texto da PEC proposta enviada ao Congresso pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. "A parcela que ganha mais será mais afetada pela reforma. Ela não afetará os pobres de nosso País, pelo contrário, o objetivo é preservar os pobres". O parlamentar também afirmou que a presidência irá "melhorar o discurso" para fazer chamadas e explicar com clareza a reforma para a população.

Jonathas Cotrim, especial para, O Estado de S.Paulo