A Folha de S.Paulo afirma que a PEC da Previdência enviada
pelo governo ao Congresso possui, em alguns pontos, uma
espécie de reforma trabalhista embutida. Essa é a opinião de
advogados ouvidos pelo matutino. Para o ministro Ives Gandra
da Silva Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
"o novo governo está completando o que o anterior não
conseguiu concluir".
Entre os pontos identificados na proposta da previdência, a Folha
destaca que a possibilidade de escolha, pelo empregado, entre
contribuir com o atual regime de previdência ou com um novo
sistema de capitalização. Isso pode significar uma redução nos
custos do empregado para o empregador, mas é muito criticado
pelas entidades de classe.
O matutino explica que o novo modelo de capitalização ainda terá
que ser criado por lei complementar, separada da PEC da
Previdência, mas a proposta já deixa o espaço aberto para o novo
sistema.
Segundo especialistas entrevistados pelo jornal, a leitura é de que,
se o empregado escolher o regime de capitalização, a contribuição
do empregador não incidirá sobre o salário do funcionário, o que
reduziria os custos para o empregador. "Reforma da Previdência
antecipa a trabalhista", sublinha a manchete da Folha.
Em sua manchete, O Estado de S.Paulo dá destaque à entrevista
do ministro Paulo Guedes (Economia) sobre reforma da
Previdência e outras questões econômicas do país. Um dos pontos
abordados pelo ministro foi a ideia do governo de colocar a gestão
de 100% do Orçamento nas mãos do Congresso.
De acordo com ministro, a equipe do governo já se prepara para
apresentar uma proposta ao Senado que acabaria com gastos
obrigatórios nos orçamentos da União, dos Estados e dos municípios.
G1