segunda-feira, 16 de julho de 2018

Documentos obtidos pelo Mossad mostram intenso preparo do Irã sobre programa nuclear

Alguns meios de comunicação dos EUA relataram neste domingo, 15, novos detalhes de uma operação do Mossad, serviço de inteligência de Israel, que contrabandeou documentos nucleares iranianos para fora de Teerã, em abril deste ano, embora nenhum material mostre claramente que o Irã não estava cumprindo o acordo nuclear, fechado em 2015, com as potências mundiais.
Irã - Arak - programa nuclear
Reator de águas pesadas de Arak, do programa nuclear iraniano  Foto: REUTERS/Stringer

As informações repassadas aos meios de comunicação lançam mais luz sobre a operação, mas oferecem poucas informações novas em relação às já reveladas por Israel. O jornal New York Times revela que certos documentos demonstraram que o Irã trabalhou para "montar sistematicamente tudo o que precisava para produzir armas atômicas", mas observou que algumas partes foram deixadas de fora do que foi revelado. Ainda segundo o NYT, o Irã sustenta que toda a documentação apresentada é falsa.
Na operação do Mossad, os agentes israelenses tiveram seis horas e 29 minutos para invadir a instalação antes que os guardas chegassem para o turno, na ocasião. Nesse tempo, eles se infiltraram na instalação, desativaram os alarmes e abriram os cofres para remover os documentos secretos sem serem detectados.
No começo do ano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revelou o que supostamente seriam documentos nucleares iranianos datados de 2003 ilicitamente confiscados pela inteligência israelense, argumentando que eles forneceram motivos para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se retirar do acordo com o Irã. Ele disse que o tesouro incluía cerca de 55.000 páginas de documentos e 183 CDs de informações secretas de um programa de armas nucleares iranianas chamado "Project Amad". 
Associated Press