Com alta de 3,45%, Vale foi destaque
entre as maiores altas da carteira do
índice brasileiro, após melhora do
rating pela agência Moody's; exterior
favorável e cenário político ajudaram
negócios no cenário local
A Bolsa voltou aos 79 mil pontos e o dólar fechou em queda, no pregão desta terça-feira, 24. Os ativos brasileiros foram impulsionados pelo mercado externo e pelo ambiente político mais favorável. O Ibovespa, índice que reúne as principais ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou o pregão em alta de 1,49%, aos 79.154,98 pontos e o dólar caiu 1,03%, cotado a R$ 3,7439.
A perspectiva das mesas de operação é de que a candidatura de Geraldo Alckmin pode ganhar fôlego com o apoio dos partidos do Centrão, que deve ser anunciado formalmente na quinta-feira.
O otimismo com Alckmin segue mesmo com as incertezas sobre quem será o vice do tucano. Nesta terça-feira, 24, a executiva nacional do PR divulgou nota negando que o empresário Josué Gomes tenha recusado ser o vice. Alckmin se encontrou duas vezes com o empresário somente nesta segunda-feira, 23, e a indicação do nome dele partiu dos partidos do Centrão.
Os papéis da Vale foram destaque no pregão desta terça-feira, apresentando avanço de 3,45%, aos R$ 51,31, ainda influenciados pela melhora do rating da empresa, que a colocou de volta no nível grau de investimento. Ações da Petrobrás também apresentaram desempenho positivo, com altas de de 1,77%, a R$ 21,90 (ON), e 2,08%, a R$ 19,66 (PN), impulsionadas pela alta nos preços do petróleo internacional.
Siderúrgicas também apresentaram ganhos expressivos. Os papéis da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) subiram 6,35%, segunda maior alta do pregão, atrás apenas da Via Varejo, com avanço de 7,43%, a R$ 20,25. As altas na CSN estão relacionadas a um aumento de preço nos produtos da empresa, além de operadores relatarem que, no mercado de futuros da China, os preços do aço estão na máxima de 10 meses por conta do aperto de oferta. Na fila das altas estiveram ainda Gerdau PN (2,94%, a R$ 16,78) e Usiminas PNA (2,27%, a R$ 9,02).
Aliada a isso, há uma perspectiva de estímulo fiscal na China. O rumor ganhou força após relatos da imprensa estatal de que o gabinete chinês, o Conselho de Estado, teria pedido uma política mais proativa para estimular o crescimento.
Karla Spotorno e Silvana Rocha, O Estado de S.Paulo