Tentativa frustrada e rocambolesca de libertar Lula expõe comportamento errático do Judiciário brasileiro e alerta para risco do voluntarismo nos tribunais
Baile de contradições - Criado para garantir certezas, o Judiciário virou depositório de sentenças divergentes (Caio Borges/.)
Numa das mãos, a estátua da Justiça segura a balança, símbolo do equilíbrio.
Na outra, um ioiô. Um dos muitos memes que circularam pela internet depois da sequência de acontecimentos provocada pela tentativa frustrada de petistas de libertar o ex-presidente Lula, o desenho reflete a perigosa imagem que a Justiça está consolidando.
O episódio do ioiô refere-se ao “lula-preso-lula-solto”, deflagrado pelo desembargador Rogério Favreto no domingo 8.
Pode ter sido o evento mais ridículo protagonizado pela Justiça, mas está longe de ser o único.
Em agosto passado, num período de menos de 24 horas, o empresário Jacob Barata, do ramo de transporte rodoviário no Rio de Janeiro, foi solto, depois foi preso e depois foi solto novamente.
Há divergências intestinas dentro de um único tribunal — como o Supremo Tribunal Federal (STF), cujas turmas tomam decisões diametralmente opostas — e divergências igualmente viscerais entre tribunais diferentes. É carnavalização.
Íntegra da reportagem na VEJA

Por Roberta Paduan, Laryssa Borges e Thiago Bronzat5to, Veja