Blog Rodrigo Constantino - Veja
Deputado estadual pelo PT, Luiz Moura. Fonte:
Folha
Eis o que mais me assusta no Brasil de hoje: a
banalização do crime, a sensação de que qualquer absurdo é “normal”, a
negligência, o silêncio dos bons, o derrotismo e o fatalismo daqueles que já
jogaram a toalha e acham que não há mais saída alguma, solução alguma para o
país. Se perdermos a capacidade de indignação, por conta do excesso de notícias
assustadoras, muitas ligadas ao poder, muitas ligadas ao PT, então estaremos, de
fato, perdidos!
Tudo isso veio à mente
quando li a revoltante, escabrosa, inacreditável notícia de que um deputado petista participou de uma reunião
recentemente em que estavam presentes ao menos 13 (que número sugestivo!)
integrantes da facção criminosa PCC (cujo elo com o PT não é suspeita nova). Diz
a reportagem:
Entre eles estava um dos criminosos acusados de
participar do furto do Banco Central, no Ceará, em 2005, quando foram levados R$
164,8 milhões, além de um procurado da Justiça por roubos a bancos.
A reunião ocorreu na sede da Transcooper, zona leste na
capital, em que, em tese, estariam sendo discutido temas de interesse dos
cooperados.
Porém, segundo investigação da Polícia Civil, desses
suspeitos de ligação com PCC, 11 não tinham ônibus ou qualquer ligação com a
cooperativa que justificasse a presença deles ao local.
A operação policial na sede dessa cooperativa foi
revelada na tarde de quarta-feira (15) durante entrevista do subsecretário de
Comunicação do governo Alckmin, Márcio Aith, ao programa de José Luiz Datena, na
TV Band.
É tudo impressionante demais. O que o PT tem a
dizer? Onde está seu presidente, Rui Falcão, para demonstrar indignação em nome
do partido? O que a presidente Dilma vai falar sobre o assunto? E o
ex-presidente Lula? Deem uma olhada no perfil do homem:
O deputado foi eleito pelo PT em 2010 com mais de 100 mil
votos. No início da década de 1990, ele foi preso e condenado por assalto a mão
armada no Paraná.
Chegou a ficar preso por um ano e meio, mas conseguiu
fugir. Ele ficou foragido por cerca de dez anos.
As condenações de Moura no Paraná foram reveladas pelo
jornal “O Estado de S. Paulo” no ano passado.
Em 2006, o deputado conseguiu da Justiça sua reabilitação
(quando suas dívidas com a lei passavam a ser consideradas quitadas) e, no mesmo
ano, filiou-se ao PT.
De assaltante de supermercados, Moura conseguiu construir
um patrimônio de R$ 5 milhões, segundo declarou à Justiça Eleitoral em
2010.
Entre os bens mais valiosos estavam uma empresa de ônibus
e postos de gasolina.
Já em 2012, ao disputar à Prefeitura de Ferraz de
Vasconcelos, Moura declarou ter bens em torno de R$ 1 milhão.
O PT cada vez mais sai das páginas de política e
entra nas páginas de polícia. É um partido que começou com presos políticos, e
vai terminar com políticos presos. Se, claro, os brasileiros não perderem a
capacidade de indignação e de separar o certo do errado, algo que vem sendo
minado há anos pelas esquerdas em geral e o próprio PT em particular.
Indignai-vos, brasileiros!