sexta-feira, 30 de maio de 2014

Num Brasil cada vez mais surreal, o que nos resta é o voto

Blog Augusto Nunes - Veja


Por REYNALDO ROCHA


O Brasil é surreal. Cada vez mais uma caricatura de quem, como o desenhista oficial do Planalto, ainda não sabe sequer sabe colorir álbuns infantis.

Um índio flechando um policial. Como um Touro Sentado num duelo com o general Custer, sob o olhar complacente do especialista em “movimento sociais” – o que e me leva a incluir os índios nessa categoria. Seria emocionante como um faroeste se não fosse real.

Um bandido (ladrão que havia sido condenado a 12 anos de pena por assalto a mão armada), agora deputado estadual pelo PT, participando de reuniões com o PCC. A mesma organização que, segundo o partido do mensalão, só existe porque existe o governo do PSDB.

Agora temos Lula Cabral do Restelo. O que não descobriu o Brasil porque a história o traiu e colocou Pedro Álvares Cabral na caravela mais veloz. Perdeu a primazia.

E por fim há um presidente do Supremo Tribunal Federal que decidiu antecipar em 11 anos a aposentadoria por não suportar o convívio no mesmo plenário com o seu sucessor no comando da Corte.

É normal?

Tudo no Brasil é normal e aceitável?

Quem dirá que Joaquim Barbosa não tem razão? Quem dirá que sim?

O PT está em festa. É possível que no sábado haja mais uma feijoada na Papuda.

Miopia. Perderam a noção da cidadania e da garantia legal que o Poder Judiciário nos dá. Festejam o próprio enterro. Exaltam o desastre sem entender que também estão sob os escombros.

Neste país de poderes podres, ministros que devem favores (ou dinheiro a réus que irão julgar), ministros risíveis, presidente que supera Maria, a Louca, deputados ladrões. O que nos resta?
Resta o voto. Ou não?