A CPI da Covid torrou dinheiro público para chegar a lugar nenhum.
Em consequência, o relatório de Renan Calheiros é medíocre.
Afinal, o que mais poderia se esperar desse senador?
Reportagem do site UOL, do grupo Folha, começa nitidamente a entregar os pontos.
É a velha mídia, que deu todo apoio as traquinagens de Renan, tentando escapar do vexatório desfecho.
Eis o que diz a repórter Carolina Brígido:
“Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) consideraram "fraco" o relatório final da CPI da Covid. (...)
Um dos ministros ouvidos pela coluna em caráter reservado afirmou que seria difícil o relatório resultar em punição ao presidente.
Segundo esse ministro, o crime imputado pela CPI a Bolsonaro com indícios mais consistentes é o de omissão, pela demora no início da vacinação contra covid no país. Ainda assim, seria necessário comprovar que, na comparação com o cenário internacional, o Brasil ficou mesmo para trás na imunização da população.”
Ora, tal “comprovação” é impossível.
A mesma reportagem lembra o que disse o ministro Luis Roberto Barroso, que foi justamente quem determinou ao Senado Federal a instalação da malfadada CPI.
“O ministro Luís Roberto Barroso disse que o relatório final da CPI tinha mais conotação política do que jurídica.”
"Colocar ou não um rol de crimes num relatório é uma decisão política, mas a implicação jurídica é bem reduzida, porque não interfere no juízo que o Ministério Público fará dos fatos que foram apurados", disse Barroso.
Está exposta de maneira escancarada o vexame e a vergonha que foi essa CPI, utilizada tão somente para fazer politicagem e perseguir pessoas de bem.
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.
Jornal da Cidade