sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Jornalistas presos em Cuba e na Nicarágua ganham prêmio de liberdade de imprensa - A propósito, e os jornalistas e políticos brasileiros sequestrados pela gangue da toga?

Henry Constantín Ferreiro e Holmann Chamorro são vítimas das ditaduras dos dois países


Holmann Chamorro, diretor-geral do jornal <i>La Prensa</i>, de Manágua, está preso desde agosto
Holmann Chamorro, diretor-geral do jornal La Prensa, de Manágua, está preso desde agosto | Foto: Reprodução/Redes sociais

Presos e perseguidos respectivamente pelas ditaduras de Cuba e da Nicarágua, os jornalistas Henry Constantín Ferreiro e Holmann Chamorro foram laureados nesta sexta-feira, 1º, pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) com o Grande Prêmio à Liberdade de Imprensa 2021.

Segundo a entidade, os dois profissionais se destacaram pela defesa dos valores democráticos em “um dos períodos de maior obscuridade” na região. Para a SPI, os jornalistas “representam a luta e a coragem do jornalismo independente para manter a população informada, apesar das fortes represálias adotadas pelos regimes totalitários de Nicarágua e Cuba contra as vozes críticas e a liberdade de imprensa”.

Chamorro, diretor-geral do jornal La Prensa, de Manágua, está preso desde agosto pelo regime do ditador Daniel Ortega. A sede da publicação foi ocupada por policiais, e o jornalista responde pelo suposto crime de lavagem de dinheiro.

Outros dois membros do Conselho de Administração do periódico nicaraguense também estão presos: Cristiana Chamorro, que era pré-candidata às eleições presidenciais de novembro, e Pedro Joaquín Chamorro.

Já Constantín Ferreiro, editor da revista La Hora, de Cuba, foi detido em julho, quando tiveram início as manifestações de rua contra a ditadura, e ficou dez dias incomunicável. Ele permaneceu em prisão domiciliar até 23 de agosto, quando foi libertado, mas continua sob vigilância policial.

“É evidente que o jornalismo independente está atravessando um dos períodos mais obscuros para a imprensa nesses países”, afirmou o presidente do Comitê de Prêmios da SIP, Leonor Mulero. Carlos Jornet, presidente do Comitê para a Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, por sua vez, disse que o órgão “não deixará de levantar a voz e denunciar as atrocidades contra eles e as dezenas de jornalistas que são perseguidos, encarcerados e forçados ao exílio”.

Os jornalistas serão homenageados durante a Assembleia Geral da SIP, que será realizada entre os dias 19 e 22 de outubro.

Com informações da agência Efe

Revista Oeste

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