País sofre com as interrupções da cadeia de abastecimento e com o agravamento das dívidas no setor imobiliário
A economia da China desacelerou no terceiro trimestre de 2021. Prejudicada pela crise energética, pelas interrupções na cadeia de abastecimento, pelo agravamento das dívidas no setor imobiliário e pelos surtos do coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 4,9% entre julho e setembro, menos do que os 7,9% verificados no trimestre anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 18, pelo Partido Comunista Chinês.
Trata-se do desempenho mais fraco desde o terceiro trimestre de 2020, quando o PIB registrou os mesmos 4,9%. Esses números ficaram aquém das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que projetavam crescimento de 5,1%.
Conforme noticiou Oeste, o Índice de Preços ao Produtor, medidor de inflação da indústria local, subiu 10,7% em setembro, na comparação com agosto. É a maior alta desde outubro de 1996, de acordo com dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas. A produção industrial chinesa cresceu 3,1% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As vendas no varejo, por sua vez, subiram 4,4% em setembro, ante 2,5% em agosto.
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Edilson Salgueiro, Revista Oeste
