quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Bolsas da Ásia fecham em alta

A maioria das Bolsas da Ásia e da Oceania encerrou o pregão desta quarta-feira, 25, em alta, na esteira do otimismo visto na véspera em Wall Street. A perspectiva da chegada, em breve, de uma vacina contra o vírus chinês e o desenrolar pacífico da sucessão nos Estados Unidos alimentam o otimismo nos mercados. 

Mercado de ações do Japão
Mercado de ações do Japão Foto: Koji Sasahara/AP Photo

No entanto, o vírus chinês segue sendo um desafio às autoridades de saúde japonesas, tornando-se, também, um certo limitador do apetite ao risco. A imprensa local apurou que o governo metropolitano de Tóquio quer pedir aos restaurantes que operem em horário reduzido para diminuir a chance de contágio. Fora do índice Nikkei, os papéis da empresa de restaurantes Watami cederam 3,59% no pregão.

Bolsas da Ásia e do Pacífico

Mais uma vez o destaque foi a Bolsa de Tóquio, onde o Nikkei saltou aos 26.296,86 pontos (+0,50%). Com esse segundo avanço consecutivo, o índice se manteve nos mais altos níveis desde maio de 1991. O destaque na sessão foi o salto de 10,20% dos papéis da Japan Airlines, em meio à expectativa de volta da normalidade das viagens aéreas.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu aos 26.669,75 pontos (+0,31%). Os demais principais mercados tiveram um dia de realização de lucros recentes. Em Seul, o índice Kospi caiu aos 2.601,54 pontos (-0,62%). Na China, o Xangai Composto recuou aos 3362.33 pontos (-1,19%) e o Shenzhen Composto foi a 2.359,23 (-1,74%). 

Na Oceania, a Bolsa de Sydney fechou em alta aos 6.683,30 pontos (+0,59%) e a de Wellington avançou aos 12.667,98 pontos (+0,91%). 

Bolsas da Europa 

O cenário global está favorável na manhã desta quarta-feira, com notícias cada vez mais promissoras em relação a uma vacina contra ovírus chinês e um contexto político mais definido nos Estados Unidos. Mas é a preocupação com um fator local, o Brexit, que impunha deste o início dos negócios um teto para as altas nas Bolsas europeias. No começo da manhã, o índice pan-europeu Stoxx-600 virou e operava com baixa de 0,25%, a 391,42 pontos, na esteira da queda dos principais índices. No mercado cambial, o euro mostra força e a libra, desvalorização em relação ao dólar

Os investidores gostaram da declaração do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Bidende que a política de transição do governo de Donald Trump é para valer. Além disso, ele apresentou na terça-feira seus indicados para os principais cargos da sua futura administração. 

Às 6h46, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres tinha queda de 0,22%; a de Frankfurt recuava 0,20% e a de Paris operava estável. Milão tinha queda de 0,21% e Madri, de 0,38%. Lisboa era única no positivo: ganhava 0,46%. No mercado cambial, o euro era negociado a US$ 1,1897, de US$ 1,1888 do fim da tarde de terça, e a libra era cotada a US$ 1,3337 ante US$ 1,3357 da véspera. 

Petróleo 

petróleo emenda a quarta sessão consecutiva de ganhos, à medida que o investidor aposta firme em um retorno da demanda quando a vacina contra a covid-19 chegar. Nos últimos dias, aumentou a percepção no mercado de que o imunizante estará comercialmente disponível em breve, após testes bem-sucedidos da AstraZeneca, da Pfizer e da Moderna. Os operadores da commodity relevam, contudo, o aumento dos estoques nos Estados Unidos. Nos maiores valores desde março, o barril do petróleo tipo Brent para janeiro subia, às 4h27 (de Brasília), a US$ 48,33 (+0,98%), e o WTI para igual mês avançava a US$ 45,24 (+0,73%). 

Mateus Fagundes e Célia Froufe, O Estado de S.Paulo