Agentes da Polícia Federal cumpriram um mandado de busca e apreensão na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contra um empregado da instituição de fomento, na última quinta-feira, dia 20. A ação foi informada a funcionários do banco em um comunicado interno divulgado na tarde de sexta-feira, 21, véspera do carnaval.
Assinado pelo Gabinete da Presidência do BNDES, o comunicado interno, ao qual o ‘Estado’ teve acesso, mantém sob sigilo a identidade do empregado que foi alvo do mandado.
“Nossa instituição manterá a postura e o compromisso de colaborar, dentro dos limites e liturgias da lei, com todos os órgãos de controle e autoridades que requisitarem informações sobre as atividades aqui desenvolvidas. Ao mesmo, o banco seguirá prestando assistência jurídica e psicossocial aos seus empregados sempre que necessário”, diz o comunicado.
Nesta quarta-feira, 26, a coluna do jornalista Lauro Jardim, no site do jornal “O Globo”, informou que a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão no BNDES, na quarta-feira, 19, e não na quinta, 20, como informado no comunicado interno.
Ainda conforme a coluna, a investigação da PF teria como objeto o Procult, linha de financiamento do BNDES dedicada a dar crédito para “investimentos e planos de negócio das empresas pertencentes às cadeias produtivas da economia da cultura, tais como audiovisual, editorial, música, jogos eletrônicos e artes visuais e performáticas”, segundo o site do banco de fomento.
Procurada, a assessoria da Polícia Federal informou que foram cinco mandados realizados entre os dias 18 e 19 de fevereiro. O BNDES não se manifestou.
COM A PALAVRA, O BANCO NACIONAL
DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
E SOCIAL, O BNDES
A reportagem procurou a assessoria de imprensa do BNDES na tarde desta quarta-feira, 26, e aguarda mais informações sobre a operação da PF. O espaço está aberto a manifestações (vinicius.neder@estadao.com)
Vinicius Neder, O Estado de São Paulo