XANGAI e PEQUIM | REUTERS e AFP
O número de mortos na China por um surto de coronavírus chegou a 304 neste sábado (1). No mundo todo, já são mais de 11.791 infectados.
O governo estendeu o feriado do Ano-Novo chinês e grandes empresas fecharam as portas ou disseram a funcionários para trabalhar de casa, na tentativa de conter a propagação.
O premiê chinês, Li Keqiang, visitou a cidade de Wuhan, o epicentro do surto, em uma tentativa do governo de sinalizar que está respondendo seriamente à doença.
Na segunda-feira (27) foi confirmada a primeira morte pelo vírus em Pequim.
À medida que a preocupação cresce em todo mundo, Hong Kong, governada pela China, e que teve oito casos confirmados, proibiu a entrada de pessoas que visitaram Hubei nos últimos 14 dias. A proibição não abrange os residentes de Hong Kong.
Macau, que teve pelo menos um caso do vírus, impôs uma proibição semelhante aos que chegavam de Hubei, a menos que eles possam provar que estão livres de vírus.
A cidade de Haikou, na ilha de Hainan, no sul da China, disse que os turistas de Hubei devem ficar em quarentena por 14 dias.
"O povo de Hubei está sendo discriminado", reclamou um morador de Wuhan na plataforma de mídia social Weibo.
Pelo menos 20 países confirmaram casos da doença em pessoas que vieram de Wuhan. Também há casos de transmissão dentro dos próprios países. Até o momento, nenhuma morte foi relatada fora da China.
O governo chinês estendeu o feriado do Ano-Novo em três dias, até 2 de fevereiro, numa tentativa de retardar a propagação do vírus. Milhões de chineses costumam viajar durante o feriado, mas muitos tiveram que cancelar os planos devido ao surto.
A China anunciou a construção emergencial de dois hospitais para receber casos de coronavírus. Um dos prédios terá capacidade para 1.000 leitos, o outro suportará até 1.300.