quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Bolsa despenca mais de 6% com riscos do coronavírus sobre a economia. No Joesley Day, comparsa de Lula, maior ladrão da República, a Bolsa caiu 8,8%...

Bolsa brasileira voltou do feriado de Carnaval com forte queda. Por volta das 16h13 desta quarta-feira (26), o Ibovespa cai 6,73%, a 106.020 pontos, menor patamar desde novembro.
A queda é a maior desde o Joesley Day (Joesley é um dos mais notórios comparsas de Lula - como se nota, Lula é mais letal que o coronavírus)), quando a Bolsa caiu 8,8% após divulgação de uma gravação comprometedora entre o presidente e o 'empresário' Joesley Batista, em maio de 2017.
O índice reflete as fortes quedas dos mercados globais nos últimos dias, devido ao aumento de casos do coronavírus fora da China, especialmente na região mais industrializada da Itália. Cresce a percepção de que o crescimento da economia global pode ser menor que o esperado para este ano. 
Meia hora após a abertura das negociações no Brasil, a retração era de 5%. Foram negociados R$ 3,3 bilhões nos 30 primeiros minutos do pregão.
O movimento reflete a queda de 6,4% do fundo de índice (ETF) que replica o Ibovespa em dólar (iShares MSCI Brazil) na Bolsa de Nova York entre segunda (24) e terça (25), enquanto as negociações brasileiras permaneceram paralisadas pelo feriado. 


Operador da Bolsa de Nova York analisa painel
Bolsa cai mais de 6% em volta de feriado - Xinhua/Guo Peiran
Nos dois últimos dias, os recibos de ações (ADRs) de Petrobras e Vale negociados em Nova York caíram 8,8% e 10%, respectivamente. Os ADRs da Gerdau acumulam queda de 8,6%, e os do Bradesco, de 5%.​
Hoje, por volta das 16h, as ADRs da Petrobras caem 1,2% e as da Vale, 1%. No Bolsa brasileira, as ações preferenciais da Petrobras (mais negociadas) caem 8,4%, a R$ 26,68. As ordinárias (com direito ao voto) recuam 9,5%, a R$ 27,97.
Vale cai 9,3%, a R$ 45,45 e Gerdau cai 10%, a R$ 17,80. Ações ordinárias do Bradesco caem 6,3%, a R$ 27,53. 
As maiores quedas são de companhias aéreas, que estão entre os setores mais afetados. Para evitar o contágio, pessoas adiam ou cancelam viagens. As ações da Gol despencam 15%, a R$ 28,71. As da Azul caem 13,2%, a R$ 48,30.
A cotação do dólar sobe 1%, a R$ 4,44 por volta das 16h11. Na máxima, chegou a R$ 4,449, maior valor nominal (sem contar a inflação) registrado durante um pregão. O turismo está a R$ 4,62 na venda.
O real é a moeda que mais se desvaloriza dentre as principais divisas nesta quarta.
A valorização reflete o temor de investidores aos impactos econômicos do coronavírus. Nos últimos dias, a doença se alastrou pela Europa, em especial, na Itália. Na terça (25), foi confirmado o primeiro caso no Brasil.
Para conter a alta do dólar, o Banco Central (BC) anunciou leilão extraordinário de 10 mil contratos de swap cambial nesta quarta, das 13h30 às 13h40, que totalizam US$ 500 milhões. Na quinta (26) serão ofertados 20 mil contratos das 9h30 às 9h40, que equivalem a US$ 1 bilhão.
“O primeiro trimestre da China está comprometido e certamente vai haver um impacto do coronavírus na economia brasileira, mas ele ainda é difícil de mensurar”, afirma Eduardo Cavalheiro, gestor na Rio Verde Investimentos. 
Na prática, a operação promove o aumento da oferta da moeda, já que o BC oferece contratos que remuneram o investidor pela variação cambial, o que ajuda a reduzir o preço do dólar.
O gestor, contudo, não fez mudanças no fundo da gestora (Rio Verde Small Caps FIA). “Não tendemos a agir logo no primeiro momento. Não dá para saber o quanto as coisas vão piorar. Precisamos piorar para poder analisar melhor, nosso fundo olha o longo prazo. De três a cinco anos.”
No exterior, após dois dias de fortes quedas, as Bolsas têm movimentos mais amenos. Nos Estados Unidos, Dow Jones cai 0,2% e S&P 500, 0,14%. Nasdaq sobe 0,35%
O índice Stoxx 50, que reúne as maiores empresas da Europa, fechou em leve alta de 0,14%. Londres subiu 0,35% e Itália, 1,44%. Frankfurt caiu 0,12%.

Com informações de Júlia Moura e Isabela Bolzani, Folha de São Paulo