O navio, descoberto 434 metros abaixo da superfície do mar, era um cruzador blindado de primeira classe da frota russa do Báltico. Ele havia deixado o Mar Báltico em 1885 e navegou pelos oceanos até a sua destruição em 1905, quando a Batalha de Tsushima começou e na qual 38 navios bálticos, incluindo o Dmitrii Donskoi, e 89 embarcações japonesas entraram em guerra.
O navio russo foi procurado por muitos durante anos. Em um comunicado, o Shinil Group afirma que conseguiu obter imagens relativamente claras da popa, que tem canhões e armas de longa distância, além de metralhadoras, âncoras e armaduras de madeira. Segundo a empresa, aproximadamente um terço da popa foi atingida e o casco do navio foi severamente danificado, o que provavelmente causou o naufrágio.
Ainda que o navio pareça estar partido ao meio, o andar superior estaria “quase intocado”. A empresa coreana de exploração marinha JD Engineering lidera a equipe de exploração do Shinil Group enquanto a companhia investiga o naufrágio, que inclui um grande número de caixas de ferro. Segundo a “CNBC”, a embarcação contém 200 toneladas de ouro, além de moedas de ouro, que seriam avaliados em cerca de US$ 130 bilhões.
Relatórios afirmam que o Shinil Group usou dois submersíveis tripulados para chegar aos 1.400 pés de profundidade e pesquisar mais de perto o navio, que a empresa planeja elevar ainda neste ano. Especulações sobre o ouro atualmente refletem a possibilidade de que a embarcação carregasse toda o tesouro da frota. O Shinil Group diz que parte do ouro será devolvido ao governo russo e que parte será destinada ao financiamento de projetos turísticos, incluindo a construção de um museu para mostrar as mercadorias do navio, na Ilha Ulleungdo.
Há apenas dois anos, a Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou que havia recuperado relíquias de um navio mercante que afundou há mais de 1.600 anos, depois de deixar o porto mediterrâneo de Cesareia. Entre os achados, estavam estátuas de metal incomuns e lâmpadas em forma de animais e de deuses do Sol e da Lua. As estátuas estavam bem preservadas, pois ficaram protegidas por bancos de areia. Além disso, mais de 40 quilos em milhares de moedas foram descobertas. As moedas mostravam a imagem do imperador Constantin (que governou o Império Romano do Ocidente e mais tarde, com a decisão de Constantino, o Grande). O valor das moedas não foi tornado público.
Roberta Naas, Forbes