terça-feira, 19 de junho de 2018

EUA anunciam saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU

WASHINGTON  - A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, anunciou nesta terça-feira, 19, a retirada dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Segundo ela, a instituição "não é digna desse nome". 
Ao lado da embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, presidente dos EUA, Donald Trump (E) participa de reunião sobre reforma do Conselho de Segurança da ONU
Ao lado da embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, presidente dos EUA, 
Donald Trump (E) participa de reunião sobre reforma do Conselho de Segurança 
da ONU Foto: AP Photo/Seth Wenig
Os EUA estão na metade de um mandato de três anos no principal organismo de direitos humanos da entidade e há tempos vinham ameaçado se desfiliar se esse não fosse reformado, acusando o conselho de 47 membros sediado em Genebra de ser anti-Israel.
Na semana passada, a Reuters noticiou que ativistas e diplomatas disseram que as conversas com os EUA sobre uma reforma do órgão não atenderam às exigências de Washington, dando a entender que o governo Trump abandonará o fórum.
A saída de Washington marca a rejeição americana mais recente em engajamento multilateral desde que o país se desligou do acordo climático de Paris e do pacto nuclear com o Irã.
Os EUA estão enfrentando fortes críticas por deterem crianças separadas de seus pais imigrantes na fronteira EUA-México. Na segunda-feira Zeid Ra’ad al-Hussein, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, pediu que Washington suspenda sua política “impiedosa”.
Os EUA boicotaram o Conselho de Direitos Humanos da ONU durante três anos durante a gestão do presidente George W. Bush e voltaram ao organismo em 2009, já no governo de Barack Obama.

Um ano atrás Haley disse que Washington estava analisando sua filiação ao conselho e pediu uma reforma e a eliminação de um “viés anti-Israel crônico”. O conselho criado em 2006 tem como item permanente de sua agenda as supostas violações cometidas por Israel nos territórios palestinos ocupados, item que Washington quer ver removido. 
Com Reuters e O Estado de São Paulo