sábado, 9 de junho de 2018

Enquanto isso, no país do faz de conta…


Um político condenado por corrupção a 12 anos e um mês de cadeia, preso há mais de 60 dias, e sem esperança de ser libertado tão cedo, declara-se candidato a presidente da República e diz que nada o impedirá de ser – nem mesmo a lei sancionada por ele no passado.
Um ex-governador do segundo mais importante Estado do país, preso e condenado a penas que somadas passam de 100 anos, simula arrependimento e atribui seus erros à vaidade. Mas continua negando que recebeu propina. Tudo não passou de caixa dois.
Quatro vezes governador do Estado locomotiva do país, candidato a presidente da República pela segunda vez, o mais ilustre filho de Pindamonhangaba alega que não cresce nas pesquisas de intenção de voto porque o eleitor só liga para a Copa e o Dia dos Namorados.
A ser assim, a campanha a ter início em final de agosto enfrentará nos 30 dias seguintes a forte concorrência de datas capazes de atrair a atenção do eleitor. Celebra-se a Semana da Pátria a partir do dia 1º, o Dia do Gordo no dia 10 e o início da Primavera no dia 23.
Não bastasse – e este é o país dos excessos -, o presidente da República finge que preside e o governo que governa. Salva-se o Congresso que cansou de fingir que legisla. Quer dizer: legisla em causa própria e emergirá das urnas com a mesma cara que tem hoje.
Com Blog do Noblat, Veja