quinta-feira, 21 de junho de 2018

A “conta mãe” de Márcio Thomaz Bastos e a lavanderia do covil do PT

Como O Antagonista revelou há pouco, o doleiro Marco Antônio Cursini contou à Polícia Federal, em 2007, que Márcio Thomaz Bastos mantinha na Suíça uma conta secreta chamada “Mãe”.

Cursini explicou à PF também que, além das operações do próprio Márcio Thomaz Bastos, a “conta Mãe”, no UBS Zurich, também foi usada pelo escritório de advocacia do ministro da Justiça de Lula.

Significa dizer que “conta Mãe” recebeu, via doleiro, recursos de contratos firmados pelo escritório de Thomaz Bastos.

Em 2015, a Época mostrou que o Grupo Pão de Açúcar pagou R$ 8 milhões ao escritório do ex-ministro, que repassou R$ 5,5 milhões à Consultoria Projeto, de Antonio Palocci. Tudo isso em 2010, durante a campanha de Dilma.

Uma auditoria interna do grupo varejista confirmou, posteriormente, que não houve prestação de serviço.

No ano passado, a Folha publicou que Antonio Palocci, em sua delação, teria dito que Thomaz Bastos intermediou propina de R$ 5 milhões da Camargo Corrêa a ministro do STJ, para frear a Operação Castelo de Areia – deflagrada a partir da delação de Cursini.

A matéria fala que o então ministro César Asfor Rocha concedeu, em 2010, liminar que suspendeu a operação. Semanas depois, ele decidiu pela legalidade da investigação. Rocha nega qualquer recebimento.

No julgamento pela 6a Turma, um ano depois, a ministra Maria Thereza de Assis – indicada por Thomaz Bastos – votou pela anulação da Castelo de Areia. Foi acompanhada do desembargador convocado Celso Limongi, do TJ/SP, e do desembargador convocado do TJ/CE Haroldo Rodrigues. O único voto contrário foi o do ministro Og Fernandes.




Por Claudio Dantas, O Antagonista