segunda-feira, 23 de junho de 2014

PM de SP põe ordem onde governo federal estimula a desordem. Ou: De advogados ativistas e passivistas…

Blog Reinaldo Azevedo - Veja


Agora, sim! Está de parabéns a Polícia Militar de São Paulo. Atuou para impedir que aquela turma com quem Gilberto Carvalho confessa manter diálogo saísse quebrando tudo por aí. Fez-se o cordão de isolamento — num ato esvaziado —, e nada de mais grave aconteceu, conforme informa reportagem da VEJA.com (leia post anterior). Houve algumas escaramuças, claro! Afinal, essa gente já se acostumou a jogar até rolo de papel higiênico da cara de ministro, como fez com Gilberto Carvalho. Por que iria respeitar a autoridade policial?
 
No meio da confusão, um membro de um curioso grupo chamado “Advogados Ativistas” foi preso portando drogas. Não está claro se foi pelo porte, em si, ou se o bagulho foi encontrado na hora da revista, depois de confronto com forças policiais.
 
O que são “advogados ativistas”? Não sei. Devem ser os parceiros ideais dos “advogados passivistas”, uma coisa, assim, Roberto Carlos, compreendem?, de “côncavo e convexo”. Até porque, no que concerne às leis, conheço dois tipos de advogados: os que respeitam a legislação que temos e os que não respeitam. Há também dois tipos de açougueiros, de jornalistas, de dentistas… Já de bandidos, só os há de um tipo: os que ignoram as leis e os que a transgridem, compreendem?
 
Quem gosta de dialogar com esse último grupo, está posto, é o ministro Gilberto Carvalho. Ainda voltarei a esse valente. A Polícia Militar cumpriu a sua tarefa e promoveu a ordem onde o governo federal promove a desordem.


Por Felipe Frazão, na VEJA.com:
 

Após o rastro de destruição deixado por vândalos no último protesto em São Paulo, na quinta-feira, a Polícia Militar retomou nesta segunda-feira seu protocolo para acompanhar o ato marcado na Avenida Paulista contra a Copa do Mundo. A exemplo de outras manifestações em que foi adotada, a tática se mostrou eficaz e impediu depredações do patrimônio público e privado.
 
Marcado para começar pouco antes do jogo da seleção brasileira, o ato desta tarde foi esvaziado. Segundo a PM, duzentas pessoas participaram de uma passeata que acabou restrita à região da Paulista. A PM não informou quantos homens destacou para monitorar o ato, mas o efetivo de policiais era visivelmente maior do que o número de manifestantes. A PM também voltou a usar a estratégia de montar cordões de isolamento para cercar a marcha, o que inibe atos de vandalismo e facilita a identificação dos marginais mascarados.
 
O único momento de tumulto ocorreu no final do ato quando homens do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que procuram black blocs identificados no quebra-quebra de quinta-feira passada, tentaram abordar alguns manifestantes. Um deles, Rafael Marques, já conhecido da polícia – ele havia sido preso no ato contra a abertura da Copa –, foi novamente detido. Houve corre-corre e um policial chegou a disparar tiros para o alto. Antes de começar a passeata, um integrante do grupo Advogados Ativistas, que costuma acompanhar os black blocs nos protestos e dar suporte jurídico a eles, foi preso por porte drogas. Ele foi levado para o 78º Distrito Policial, na Zona Sul de São Paulo.
 
Brasília e Porto Alegre

Uma manifestação contra a Copa do Mundo marcada em Brasília terminou minutos antes do início do jogo entre Brasil e Camarões, às 17 horas. O protesto reuniu cerca de cem pessoas e seguiu sem incidentes em todo o trajeto. A Polícia Militar montou uma barreira para impedir que a passeata chegasse ao Estádio Nacional Mané Garrincha, onde ocorreu a partida. Em Porto Alegre, cem pessoas se reuniram no centro da capital gaúcha e foram acompanhadas de perto por um efetivo de mil policiais militares. O protesto terminou sem incidentes.