Blog Reinaldo Azevedo - Veja
Agora, sim! Está de parabéns a Polícia Militar de São
Paulo. Atuou para impedir que aquela turma com quem Gilberto Carvalho confessa
manter diálogo saísse quebrando tudo por aí. Fez-se o cordão de isolamento — num
ato esvaziado —, e nada de mais grave aconteceu, conforme informa reportagem da
VEJA.com (leia post anterior). Houve algumas escaramuças, claro! Afinal, essa
gente já se acostumou a jogar até rolo de papel higiênico da cara de ministro,
como fez com Gilberto Carvalho. Por que iria respeitar a autoridade
policial?
No meio da confusão, um membro de um curioso grupo
chamado “Advogados Ativistas” foi preso portando drogas. Não está claro se foi
pelo porte, em si, ou se o bagulho foi encontrado na hora da revista, depois de
confronto com forças policiais.
O que são “advogados ativistas”? Não sei. Devem ser os
parceiros ideais dos “advogados passivistas”, uma coisa, assim, Roberto Carlos,
compreendem?, de “côncavo e convexo”. Até porque, no que concerne às leis,
conheço dois tipos de advogados: os que respeitam a legislação que temos e os
que não respeitam. Há também dois tipos de açougueiros, de jornalistas, de
dentistas… Já de bandidos, só os há de um tipo: os que ignoram as leis e os que
a transgridem, compreendem?
Quem gosta de dialogar com esse último grupo, está posto,
é o ministro Gilberto Carvalho. Ainda voltarei a esse valente. A Polícia Militar
cumpriu a sua tarefa e promoveu a ordem onde o governo federal promove a
desordem.
Por Felipe Frazão, na VEJA.com:
Após o rastro de destruição deixado por vândalos no último protesto em São Paulo, na quinta-feira, a Polícia Militar retomou nesta segunda-feira seu protocolo para acompanhar o ato marcado na Avenida Paulista contra a Copa do Mundo. A exemplo de outras manifestações em que foi adotada, a tática se mostrou eficaz e impediu depredações do patrimônio público e privado.
Marcado para começar pouco antes do jogo da seleção
brasileira, o ato desta tarde foi esvaziado. Segundo a PM, duzentas pessoas
participaram de uma passeata que acabou restrita à região da Paulista. A PM não
informou quantos homens destacou para monitorar o ato, mas o efetivo de
policiais era visivelmente maior do que o número de manifestantes. A PM também
voltou a usar a estratégia de montar cordões de isolamento para cercar a marcha,
o que inibe atos de vandalismo e facilita a identificação dos marginais
mascarados.
O único momento de tumulto ocorreu no final do ato quando
homens do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que procuram
black blocs identificados no quebra-quebra de quinta-feira passada, tentaram
abordar alguns manifestantes. Um deles, Rafael Marques, já conhecido da polícia
– ele havia sido preso no ato contra a abertura da Copa –, foi novamente detido.
Houve corre-corre e um policial chegou a disparar tiros para o alto. Antes de
começar a passeata, um integrante do grupo Advogados Ativistas, que costuma
acompanhar os black blocs nos protestos e dar suporte jurídico a eles, foi preso
por porte drogas. Ele foi levado para o 78º Distrito Policial, na Zona Sul de
São Paulo.
Brasília e Porto
Alegre
Uma manifestação contra a Copa do Mundo marcada em Brasília terminou minutos antes do início do jogo entre Brasil e Camarões, às 17 horas. O protesto reuniu cerca de cem pessoas e seguiu sem incidentes em todo o trajeto. A Polícia Militar montou uma barreira para impedir que a passeata chegasse ao Estádio Nacional Mané Garrincha, onde ocorreu a partida. Em Porto Alegre, cem pessoas se reuniram no centro da capital gaúcha e foram acompanhadas de perto por um efetivo de mil policiais militares. O protesto terminou sem incidentes.