sábado, 28 de junho de 2014

Governo cancela parceria com laboratório de doleiro da gangue de Lula para produção de medicamento

O Globo

Ministério da Saúde afirma que sindicância não apontou irregularidades, mas mesmo assim parceria será desfeita



O doleiro Alberto Youssef foi preso na operação Lava-Jato da Polícia Federal
Foto: Geraldo Magela/Arquivo / Agência O Globo
O doleiro Alberto Youssef foi preso na operação L



O Ministério da Saúde decidiu cancelar a parceria firmada com o laboratório Labogen, do doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava-Jato da Polícia Federal. Em nota divulgada nesta sexta-feira, a pasta afirma que a sindicância instaurada pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Defesa e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para investigar a parceria do governo com a empresa para produção do citrato de sildenafila (medicamento usado para tratar a hipertensão arterial pulmonar) não identificou “indícios de irregularidades praticadas por servidores públicos no andamento do projeto”. Mesmo assim, a parceria foi cancelada.

Com isso, o Ministério da Saúde decidiu permitir que o Laboratório da Marinha reapresente projeto para a parceria de produção do medicamento, caso trabalhe com outro parceiro que não a empresa do doleiro.

A comissão de sindicância também determinou “aprimoramentos no fluxo de captação e análise de projetos” de parcerias.

“Com as conclusões da sindicância e do relatório da Polícia Federal sobre a operação Lava Jato, o Ministério da Saúde decidiu cancelar a PDP no formato atual. Como permanece o interesse na produção nacional do medicamento, que é usado no tratamento da hipertensão arterial, o Ministério da Saúde deu ao Laboratório da Marinha oportunidade para reapresentar o projeto, com outro parceiro que não a Labogen”, afirmou o Ministério da Saúde.

A investigação da Polícia Federal apontou que a Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia era usado por Youssef para lavar dinheiro. A parceria da Labogen com Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM) foi aprovada pelo ministério no fim da gestão de Alexandre Padilha (PT) e suspensa depois da deflagração da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.