domingo, 29 de junho de 2014

Estado dos gramados desmente totalmente o bestialógico proferido por Lula, que acha que entende de tudo

Blog Ricardo Setti - Veja


David Villa, da seleção espanhola, durante o jogo contra a Austrália: gramado da Arena da Baixada deixa a desejar (Foto: Jeff Gross/Getty Images)
O atacante David Villa, da seleção espanhola, ao fazer seu gol de letra na partida contra a Austrália: gramado da Arena da Baixada foi um dos que deixaram a desejar (Foto: Jeff Gross/Getty Images)

Dentro de campo, esta Copa do Mundo está sendo ótima — grandes partidas, grandes surpresas, muita emoção, gols sensacionais, boa média de gols. A Copa de 2014 no Brasil deve entrar para a história como um dos melhores mundiais, entre os 20 já realizados.

Os estádios, além de em geral belos, estão muito bons, a despeito da forma como foram construídos e do enorme montante de dinheiro público neles despejado, embora a maioria dos 12 ainda necessite de retoques importantes e tenha tido problemas no funcionamento de certas áreas — como alimentação e banheiros.

Neles, os gramados são excelentes, mas nada que justifique a besteira monumental proferida por Lula a respeito, digna de ser escrita em mármore, para permanecer:

– É a primeira vez, presidenta Dilma, é a primeira vez que um time de futebol perde por excesso de qualidade do nosso estádio (sic).

Lula, falando para os convencionais do PT reunidos em Brasília no sábado, 21, queria referir-se à derrota da Inglaterra dois dias antes para o Uruguai, por 2 a 1, na Arena Corinthians, em São Paulo.
E, ao mencionar o suposto “excesso de qualidade do nosso estádio”, quis na verdade elogiar a qualidade dos gramados.

Eles estão em geral em muito boas condições, embora não sejam capazes “de matar os ingleses de inveja”, como vociferou Lula.

Assim sendo, diante do bestialógico do ex-presidento que, como se sabe, não hesita em dar palpite sobre literalmente assunto algum, qual foi a realidade dos fatos?
Vamos a eles:

*FATO NÚMERO 1: Para a partida de ontem, no Mineirão, o Brasil e o Chile não puderam fazer o tradicional reconhecimento do campo por decisão da FIFA — e o objetivo formalmente declarado foi “para preservar o gramado”, já castigado pela realização de quatro partidas na fase de grupos com equipes como Bélgica, Inglaterra, Argentina e Colômbia.

* FATO NÚMERO 2: A FIFA impediu que Espanha e Austrália fizessem o reconhecimento na Arena da Baixada, em Curitiba, devido ao estado do gramado. Posteriormente, durante a partida, mesmo nos primeiros minutos, já se notavam grandes blocos de grama desprendidos, inclusive na área da Austrália.

* FATO NÚMERO 3: Antes da decisão sobre Brasil x Chile não testarem antes do jogo o tapete verde do Mineirão, já no sábado passado, 21, a Argentina não obteve autorização da FIFA para treinar no estádio para evitar que a grama fosse prejudicada.

* FATO NÚMERO 4: Antes do jogo da segunda-feira, 23, contra o Brasil, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, a seleção de Camarões treinou mas não utilizou o campo inteiro para poupar o gramado em algumas partes que já mostravam desgaste após a disputa de duas das sete partidas que abrigará até o final da Copa.

Vejam abaixo, ou revejam, o vídeo curtinho que fez subir a performance do ex-presidento em seu bobajômetro: