Jornal cita empresa falida como exemplo dos 'delírios intervencionistas' do governo Lula
Em O fim melancólico da Sete Brasil, o jornal O Estado de S.Paulo retrata a falência da Sete Brasil, depois de 8 anos e meio de um infrutífero processo de recuperação judicial.
Em seu editorial de opinião deste sábado, 4, o veículo se refere à empresa como símbolo do fracasso financeiro, político e estratégico do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Também, como um modelo intervencionista estatal que “não tem mais espaço no Brasil”.
Criada pelo governo Lula 2 para ser a única fornecedora de sondas de exploração do pré-sal, a Sete Brasil acumulou uma dívida que agora alcança R$ 36 bilhões. Mais de 99% permanecem sob inadimplência.
Para o Estadão, o “desfecho melancólico” do projeto é resultado de uma “obsessão” do governo Lula em transformar o Brasil em uma potência industrial calcada em projetos grandiosos, mas economicamente inviáveis.
Sete Brasil é exemplo dos ‘delírios intervencionistas’ de Lula
Estadão afirma que o maior prejuízo da empresa não foi a corrupção em si, mas o intervencionimo de Lula | Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO texto descreve a Sete Brasil como um dos exemplos mais emblemáticos dos “delírios intervencionistas” da gestão lulopetista.
Segundo a publicação, a empresa foi criada a partir de uma política nacional-desenvolvimentista que fazia da Petrobras um instrumento do governo para implementar projetos bilionários, mas mal planejados.
Essa política recebe críticas pela tentativa de “escolher campeãs nacionais”, como se fez com a Sete Brasil, e promover investimentos que acabaram em escândalos e fracassos.
O texto também enfatiza que a corrupção desempenhou um papel significativo no colapso da Sete Brasil. As delações decorrentes da Operação Lava Jato revelaram que o esquema de propinas na Petrobras foi replicado na nova companhia.
No entanto, o jornal afirma que o maior prejuízo não foi a corrupção em si. Mas o modelo econômico intervencionista liderado por Lula, que buscava tornar o Estado um “indutor da economia”.
O editorial critica a política do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmando que o modelo lulopetista de intervenção econômica é um equívoco histórico. Para o Estadão, a história da Sete Brasil é a prova de que “não há mais lugar para delírios ufanistas”. Isso porque “quem paga é toda a sociedade”.
Revista Oeste