sábado, 4 de janeiro de 2025

'Não há mais lugar para delírios ufanistas', diz Estadão sobre falência da Sete Brasil

 Jornal cita empresa falida como exemplo dos 'delírios intervencionistas' do governo Lula


Estaleiro BrasFels com obras da Sete Brasil | Foto: Divulgação


Em O fim melancólico da Sete Brasil, o jornal O Estado de S.Paulo retrata a falência da Sete Brasil, depois de 8 anos e meio de um infrutífero processo de recuperação judicial.

Em seu editorial de opinião deste sábado, 4, o veículo se refere à empresa como símbolo do fracasso financeiro, político e estratégico do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Também, como um modelo intervencionista estatal que “não tem mais espaço no Brasil”.

Criada pelo governo Lula 2 para ser a única fornecedora de sondas de exploração do pré-sal, a Sete Brasil acumulou uma dívida que agora alcança R$ 36 bilhões. Mais de 99% permanecem sob inadimplência. 

Para o Estadão, o “desfecho melancólico” do projeto é resultado de uma “obsessão” do governo Lula em transformar o Brasil em uma potência industrial calcada em projetos grandiosos, mas economicamente inviáveis.


Sete Brasil é exemplo dos ‘delírios intervencionistas’ de Lula 

Estadão afirma que o maior prejuízo da empresa não foi a corrupção em si, mas o intervencionimo de Lula | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 

O texto descreve a Sete Brasil como um dos exemplos mais emblemáticos dos “delírios intervencionistas” da gestão lulopetista. 

Segundo a publicação, a empresa foi criada a partir de uma política nacional-desenvolvimentista que fazia da Petrobras um instrumento do governo para implementar projetos bilionários, mas mal planejados. 

Essa política recebe críticas pela tentativa de “escolher campeãs nacionais”, como se fez com a Sete Brasil, e promover investimentos que acabaram em escândalos e fracassos.

O texto também enfatiza que a corrupção desempenhou um papel significativo no colapso da Sete Brasil. As delações decorrentes da Operação Lava Jato revelaram que o esquema de propinas na Petrobras foi replicado na nova companhia. 

No entanto, o jornal afirma que o maior prejuízo não foi a corrupção em si. Mas o modelo econômico intervencionista liderado por Lula, que buscava tornar o Estado um “indutor da economia”. 

O editorial critica a política do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmando que o modelo lulopetista de intervenção econômica é um equívoco histórico. Para o Estadão, a história da Sete Brasil é a prova de que “não há mais lugar para delírios ufanistas”. Isso porque “quem paga é toda a sociedade”. 

Revista Oeste