segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

J.R. Guzzo - Atenção regime Lula-STF: não há mais um banana na presidência nos Estados Unidos

 

O presidente Lula e o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, discutiram a crise da deportação dos brasileiros pelos Estados Unidos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


Um dos principais problemas do governo Lula, dos seus sócios do STF e das esquadras de comunicadores que participam das suas causas na mídia, é saber onde está hoje, no fim das contas, a Casa da Maria Joana. Lula e todos vivem obcecados com a crença de que não é aqui – ficam doentes, mais do que tudo, quando suspeitam dos “Estados Unidos,” e principalmente de Elon Musk, de acharem que é.

É um problemão para Lula e a isso foi reduzido o Itamaraty. Em primeiro lugar, porque a casa da Maria Joana é aqui mesmo, ou então na Colômbia e outros aliados “estratégicos” do Brasil de hoje. Em segundo lugar, porque o governo Lula acha que onde não existe lei e ordem é nos Estados Unidos, justamente – e aí vive quebrando a cara.

O regime Lula-STF e o seu sistema de apoio ficaram especialmente agitados porque os Estados Unidos deportaram um lote de brasileiros que estavam ali ilegalmente – e colocaram algemas neles antes e durante o voo que os deixou em Manaus. O governo, a mídia e os juristas entrevistados pela mídia entraram imediatamente em transe de indignação. Como assim, algemar brasileiros? Estão pensando que isso aqui é uma terra sem lei, onde o “Estado” não garante a “dignidade” dos cidadãos? Não vamos admitir isso.


Não adianta o Itamaraty entregar comunicados aos jornalistas “exigindo” isso ou aquilo, porque não tem bala para exigir nada. Com certeza, não podem forçar os Estados Unidos a desrespeitarem suas próprias leis – ou o Brasil está achando que lá é a Casa Maria Joana?


Em primeiro lugar vão admitir, sim, e sair de mansinho como um vira-lata com o rabo entre as pernas. Não há, simplesmente, nenhum meio objetivo de impedir que os Estados Unidos continuem fazendo exatamente o que fizeram – pronto, é o fim da linha. Os brasileiros são deportados com algemas porque as leis americanas exigem isso; não adianta o Itamaraty entregar comunicados aos jornalistas “exigindo” isso ou aquilo, porque não tem bala para exigir nada. Com certeza, não podem forçar os Estados Unidos a desrespeitarem suas próprias leis – ou o Brasil está achando que lá é a Casa Maria Joana?

Onde não existe lei, como todo mundo pode ver 24 horas por dia, é aqui e nos países-modelo de Lula e de seu regime – Irã, Cuba, Venezuela, Nicarágua, China, Rússia. É aqui, e não lá, que um Sérgio Cabral é condenado a 400 anos de cadeia por corrupção ativa e está mais livre que a brisa do mar. É aqui que o STF perdoa R$ 20 bilhões de dívidas de empresas corruptas e amigas do governo e do tribunal. Ficam fora de si quando veem uma nação cumprindo as suas próprias leis – e uma das consequências desse comportamento aberrante é armar espetáculos de circo como o caso das algemas.

O governo brasileiro não apenas é fraco demais para ficar achando ruim e corrupto demais para pedir atestado de boa conduta dos americanos. Está erguendo mais uma vez, nesse caso, um monumento à hipocrisia. Nos últimos cinco anos, quatro deles de governo Joe Biden em estado puro, Lula, o Itamaraty e os jornalistas aceitaram sem dar um pio a deportação de 7.500 brasileiros, todos eles algemados. Agora chegam pouco mais de 1% disso e todos ficam histéricos – única e exclusivamente porque o presidente é Donald Trump, e o que era normal com Biden passa a ser um crime com ele.

Lula e o Itamaraty deveriam cuidar agora para não passar mais vergonha do que já estão passando. Não vão, é claro, impedir as deportações, mesmo porque não podem negar a entrada de brasileiros no Brasil (o ministro Barroso já tentou fazer isso durante a Covid, mas mão deu certo), e nem exigir que seus cidadãos fiquem presos em país estrangeiro – mesmo porque há criminosos entre os deportados. É melhor acharem rápido uma mentira qualquer para a Rede Globo sair dizendo que os americanos “aceitaram” as “condições” do Brasil etc. etc. etc. e engolir quieto.

Não dá, com certeza, para fazer a mesma coisa que a Colômbia, que quis enfrentar os Estados Unidos de “potência para potência” – proibiu os voos de deportação de colombianos sobre o seu território. Resultado: levou, na hora, uma surra em que foi parar no pronto-socorro. Trump socou imediatamente uma sobretaxa de 25% em todas as exportações da Colômbia para os Estados Unidos, que cresceria de 50% daqui a uma semana. Invalidou os passaportes do presidente colombiano e da gatarada gorda do seu governo para os Estados Unidos. Deu mais um tranco aqui e outro ali. Xeque-mate: o presidente Gustavo Petro correu como um rato, voltou atrás no que tinha acabado de decidir e passou por um desses vexames que vai entrar para a história mundial da frouxidão.

A esquerda extremista do Brasil ficou encantada com o que descreveu como a “coragem”, a “dignidade” e a “altivez” da Colômbia e de Petro. Sua alegria durou quinze minutos. Não há mais um banana na presidência nos Estados Unidos; a partir de agora, o regime Lula-STF vai ter de tomar mais cuidado com o que faz por aqui. Estão convencidos de que “o Xandão” resolve qualquer coisa para eles. Talvez seja bom dar uma ligada para esse Petro.





J.R. Guzzo. Gazeta do Povo