Não havia muito a debater e ao final prevaleceu a regra clara: a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou o parágrafo 4 do artigo 57 da Constituição, respondendo a uma provocação do PTB sobre a possibilidade de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre permanecerem no comando das duas Casas do Congresso Nacional: “Mandato de 2 anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.
Algo que a sociedade deva comemorar?
De jeito nenhum. Fosse um país sério — e ainda não estou seguro se em algum dos votos dos togados não havia uma das chamadas “jabuticabas” à brasileira embutida — esse tema não teria sequer sido levado à análise.
Mas o Supremo gosta do papel de protagonista, daquele frio na barriga de final de novela.
Segundo fontes ouvidas pela Oeste, muitos os 11 ministros deixaram brechas para um tal “voto médio” — ou seja, eles ainda podem revisar seus textos enviados virtualmente e adaptá-los para formar uma nova maioria.
O pano de fundo seria barrar a reeleição de Rodrigo Maia, o que atende tanto a vontade do Palácio do Planalto como a voz das ruas (na pandemia traduzida ainda mais nas redes sociais), mas permite a recondução de Davi Alcolumbre no Senado.
Por isso o placar terminou: 7 x 4 contra Maia, mas 6 x 5 contra Alcolumbre.
Revista Oeste