segunda-feira, 17 de agosto de 2020

"O quadrinho "HQ" mais importante das últimas décadas", por Guillermo Federico Piacesi Ramos

 

Existe uma necessidade premente de se criar uma cultura de direita no país, que espalhe o pensamento conservador pela sociedade; portanto, agora é hora de todos fazerem sua parte: quem é professor, que leve esse ideal para a sala de aula; quem sabe escrever bem, que produza literatura sobre o tema; quem trabalha no meio cultural, que crie produções com viés conservador; e assim sucessivamente...

O que as pessoas têm que entender é que nossa luta não se limita à política, e ela não se restringe a eleições.

Eu escrevi o posfácio da obra, a pedido do seu editor e idealizador, Luciano Cunha, um conservador aguerrido, que tem ampla noção da necessidade premente de produzir conteúdo de direita na mídia brasileira.

Com autorização dele, reproduzo abaixo o que escrevi lá nos quadrinhos, cuja leitura recomendo a todos.

P.S.: “Destro” pode ser adquirido no link a seguir: https://www.superprumo.com/product-page/destro-hq

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POR MAIS “DESTROS” NO BRASIL

Honrado com o convite para escrever o prefácio da presente obra, tentarei aqui demonstrar ao leitor, em rápidas palavras, a importância do setor cultural para o Brasil, especialmente pelos olhos de um conservador – como eu sou.

Durante praticamente 40 anos a esquerda trabalhou com afinco para conquistar a hegemonia que hoje ela detém em todos os setores do país. Em um processo iniciado lá nos anos 70, os militantes de esquerda, depois de derrotados na luta armada para chegada ao Poder, quando resolveram atacar o Estado por meio de ações terroristas e de guerrilha urbana, partiram para a estratégia de ocupação de espaços no meio universitário, na aplicação do chamado “gramscismo”.

Em rápidas palavras, o “gramscismo” é a teoria criada por um grupo de intelectuais dos anos 60, construída com base nos escritos do filósofo italiano Antonio Gramsci, produzidos nas masmorras da Itália fascista dos anos 20 e 30, chamados “Cadernos do Cárcere”, que diz, basicamente, que é mais fácil o comunismo ser implantado pela cooptação da mente da população, pela reeducação moral, pela imposição gradual e gradativa de novos padrões culturais e comportamentais, como preparação do terreno para implantação do comunismo de forma não-violenta.

De acordo com esse método, para a instituição do socialismo/comunismo em uma sociedade o meio mais fácil é alterar os pilares de sua sustentação, representados pela tradição e pelos princípios e valores morais, inserindo os ideais marxistas em substituição à cultura existente na sociedade.

Nesse contexto, a coletividade de pessoas, depois do processo de lavagem cerebral feito, passa a pensar como socialista, aceitar o socialismo, viver um estilo de vida socialista, sem ao menos perceber. E, consequentemente, nesse processo todo, a chegada ao Poder, com a conquista política, é vista como uma consequência natural; é um dos estágios da revolução comunista pela conquista das mentes ao invés das armas. O poder político, portanto, é apenas uma questão de tempo.

E assim foi feito, com êxito, pela esquerda gramscista no Brasil, a partir dos anos 70: primeiro com a ocupação das universidades, depois com o loteamento das redações de jornais e do setor cultual por agentes da esquerda revolucionária e militantes comunistas. Com isso, estava montada a estrutura para a esquerda atingir a hegemonia no Brasil, com o construção do tripé “educação-comunicação-cultura” que embasou a disseminação da ideologia marxista na sociedade.

O que importa, aqui nesse texto, é abordar a questão sob o aspecto cultural, que é completamente dominado pela esquerda. Com base nesse ideário gramscista, chegou-se à corrupção da inteligência do povo, com a mediocrização completa do pensamento das pessoas, que perderam qualquer possibilidade de resistir à reeducação moral advinda da engenharia social do pensamento único socialista, especialmente por causa da dominação, pela esquerda, do meio cultural (cinema, televisão, mídia, e ainda literatura).

Ora, quem não conhece a realidade da classe artística do país, onde profissionais com inclinações políticas de direita são praticamente banidos do mercado, fechando-se para eles todas as portas? Quem não enxerga o viés eminentemente revolucionário e ideologizado das produções cinematográficas e televisivas do país – especialmente as novelas – que trazem, sempre, a mensagem da cartilha esquerdista como forma de corromper as mentes dos espectadores, na conhecida fórmula de ataque à família e aos seus valores, e outras coisas mais?

Esse é o chamado “comunismo cultural”, ou “marxismo cultural”, implementado pela esquerda através da corrupção da inteligência e da cooptação das mentes, com a adoção de um método de implantar os ideais socialistas na sociedade de forma pacífica e tranquila, através da doutrinação de pessoas mais vulneráveis, levando à quebra dos padrões éticos.

O objetivo: a imposição de uma nova cultura, que se sobreponha à tradicional, já que a esquerda marxista tem plena ciência que é através do setor cultural que ela conseguirá implantar a sua pauta de destruição dos valores da sociedade, com a agenda de ativismo político e cooptação de militantes e corrosão dos cérebros de incautos, especialmente dos jovens.

Nesse sentido, é imprescindível que todos nós, conservadores, nos conscientizemos da necessidade de adotarmos ações efetivas para quebrar essa hegemonia da esquerda, sobretudo no setor cultural (que deve ser libertado urgentemente da dominação ideológica esquerdista).

Eis a razão pela qual é premente criar-se, no Brasil, uma chamada “cultura de direita”, que represente adequadamente o estilo de vida do povo brasileiro sem a doutrinação esquerdista, sem a lavagem cerebral praticada pela esquerda gramscista, que implantou o marxismo cultural depois de se infiltrar no meio acadêmico.

Portanto, nós, conservadores, sabemos da importância desse setor para o Conservadorismo (e, consequentemente, para a direita política), uma vez que é na cultura, repita-se, que se encontra o campo fértil para a construção das narrativas hegemônicas da esquerda gramscista, que aparelhou o país inteiro com uma precisão cirúrgica desde os anos 70, a partir da ocupação de espaços e com a construção do tripé “educação-comunicação-cultura”, como já dito antes.

Em nosso entendimento, a cultura deve ser o local em que se cultive o belo, o talento, e que espalhe os ideais da ordem, grandeza, e justiça. Justamente o oposto da doutrina gramscista que, infelizmente, mediocrizou o setor artístico e transformou os artistas em meros militantes de esquerda e agentes da transformação da sociedade, na função de replicar a cartilha de doutrinação das pessoas para o socialismo/comunismo (disfarçado hoje em dia no pomposo nome de “progressismo”).

Por isso que “Destro” não é apenas um “hq”, não é apenas uma revista em quadrinhos. É uma obra de suma importância para o setor cultural, especialmente nesse cenário de buscar a criação de uma “cultura de direita” para o país, com base nesses valores conservadores tratados acima. Passado em um futuro distópico, no qual o socialismo foi implantado de vez no Brasil, e narrado em primeira pessoa, a história mostra a luta do herói contra um sistema comunista totalitário, que reduziu a população à miséria absoluta.

“Destro” denuncia a farsa marxista de uma forma extremamente impactante, com uma linguagem simples, inovadora, e instigante, e mostra com perfeição que um dos ideais do Conservadorismo, tido pelo conservador como uma verdadeira missão, é salvar a sociedade da decadência.

“Destro” traz a ideia de que um conservador não é covarde; ele tem na coragem uma de suas virtudes. Por mais “Destros” no Brasil.

Boa leitura.


Jornal da Cidade