quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Marco Aurélio entrega o STF: "O Supremo está sendo utilizado pelos partidos de oposição para fustigar o governo”

 

O ministro Marco Aurélio Mello - que vive seus momentos derradeiros como ministro do Supremo Tribunal Federal, vez que em julho do próximo ano terá que obrigatoriamente se aposentar, pois atinge o limite de idade para o exercício do cargo - resolveu finalmente escancarar a ação nociva da corte.

Para o magistrado o STF está sendo utilizado por partidos de oposição como uma maneira de fustigar o governo do presidente Jair Bolsonaro.

De fato, isso é notório. Todo mundo vê.

Um exemplo clássico dessa conduta deve ser sempre lembrado. A intervenção do STF impedindo o presidente da República de nomear como diretor-geral da Polícia Federal o delegado Alexandre Ramagem.

Marco Aurélio foi claro:

“Como já disse em sessão, do caso Abin, o Supremo está sendo utilizado pelos partidos de oposição para fustigar o governo. Isso não é sadio. Não sei qual será o limite.”

Realmente, o caso da Abin é outro absurdo. O plenário do STF julgou ação do PSB que questionava um decreto do presidente dando mais poderes para que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acessasse os dados dos cidadãos.

Por nove votos a um, os ministros entenderam que a troca de informações entre a Abin e o governo federal exige motivação específica, levando em conta o interesse público. O único voto divergente foi justamente de Marco Aurélio Mello.

Como alertou o ministro: “Não sei qual será o limite”.

Jornal da Cidade