terça-feira, 30 de junho de 2020

Reitor do ITA é o mais cotado para ser 4º ministro da Educação de Bolsonaro

Com a demissão de Carlos Alberto Decotelli do MEC (Ministério da Educação), o atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Anderson Ribeiro Correia, é o nome mais forte entre os cotados para assumir a pasta.
A gestão Jair Bolsonaro busca um substituto para o ministro que saiu após ficar cinco dias no cargo. 
O próximo ministro da Educação será o quarto do governo Bolsonaro em um ano e meio de gestão. 
Anderson Ribeiro Correia, à direta, durante cerimônia com o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub
Anderson Ribeiro Correia, à direta, durante cerimônia com o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub - Gabriel Jabur - 11.fev.2020/Divulgação Ministério da Educação
Favorito para substituir Decotellil, Anderson Correia foi presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior) até o fim do ano passado, quando voltou a dirigir o ITA —cargo que ocupara antes de assumir o órgão ligado ao ministério.

Seu nome já havia sido cotado para o cargo após as demissões de Vélez Rodríguez e Weintraub. Ele é evangélico, do meio militar e tem perfil técnico, o que atenderia o objetivo atual do governo para a pasta.
Correia fez parte do grupo que discutia educação ainda na transição do governo, que também tinha participação de Decotelli. O nome do reitor do ITA recebeu apoio de lideranças do Senado e da Câmara, que teriam patrocinado sua indicação junto ao presidente.
Correia já consultou o Comando da Aeronáutica, responsável pelo ITA, sobre a possibilidade de receber o convite para o MEC. Caso ele seja chamado, o Comando não deve se opor.
Além de Correia, o governo estuda outras indicações. Uma delas é a do professor Gilberto Garcia, que foi presidente do CNE (Conselho Nacional de ​Educação), reitor da Universidade Católica de Brasília e da Universidade São Francisco (SP), onde leciona atualmente.
O núcleo militar ainda considera o nome do professor Marcus Vinicius Rodrigues, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) nos primeiros meses do governo Bolsonaro.
O conselheiro do CNE Antonio Freitas também é cotado. Pró-reitor na FGV, seu nome aparecia como orientador do doutorado não realizado por Decotelli —Freitas disse não saber por que existia a menção.

Forte cotado antes do anúncio de Decotelli, o nome do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, voltou a circular. Ele fez chegar ao Planalto que ainda estaria à disposição, mesmo preterido na semana passada.
Assessor de Weintraub no MEC, Sérgio Sant'Ana é outro cotado. 

Ilona e Sant'Ana participaram, por exemplo, de vídeos sobre educação do grupo Brasil Paralelo. 
Outro cotado para o cargo é o atual presidente da Capes, Benedito Aguiar, que é evangélico e tem apoio de parlamentares religiosos.​
Enquanto o nome do novo ministro não é definido, o MEC está sob gestão do seu secretário-executivo, Antonio Paulo Vogel.

Com informações de Paulo Saldaña e Gustavo Uribe, Folha de São Paulo