O país do Carnaval passou oito anos desgovernado por um quadrilheiro semianalfabeto. Nos cinco anos seguintes, sobreviveu a uma fraude provida de um neurônio só. E agora faz o que pode para nadar até a praia da eleição e escapar do naufrágio pilotado pelo vice que Lula e Dilma escolheram.
Esse passivo informa que ninguém deve surpreender-se caso a maioria do eleitorado resolva prolongar a sequência de espantos com instalação de um deputado Tiririca na Presidência da República. Feito o registro, convém lembrar que há limite para tudo, até para o delírio tropical.
Não dá para imaginar, por exemplo, que o Brasil possa ser presidido por um presidiário banido das urnas pela Lei da Ficha Limpa. Só fingem acreditar na candidatura de Lula os altos sacerdotes da seita que o venera e, como reiterou a pesquisa publicada neste domingo, o Datafolha.
O chefão engaiolado em Curitiba depois de condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro tem tantas chances de disputar a Presidência quanto Tancredo Neves ou Getúlio Vargas. Vai acompanhar a votação pela tevê da cadeia, mas o Datafolha teima em reincidir na publicação do que chama de “cenários com Lula candidato”.
Caso prossiga o desfile de fantasias, o PSDB poderia enriquecê-lo com a candidatura do Papa Francisco. Pelos critérios do Datafolha, o Sumo Pontífice tem tanto direito quanto Lula de tornar-se presidente do Brasil. Já na próxima pesquisa, os tucanos estariam comemorando a chegada do novo candidato aos dois dígitos que Geraldo Alckmin vem tentando inutilmente alcançar.
Com Blog do Augusto Nunes, Veja