MOSCOU — A união entre os três principais países da América do Norte convenceu a maioria das associações que fazem parte da Fifa: Estados Unidos, Canadá e México serão as sedes da Copa do Mundo de 2026. Em votação realizada nesta quarta-feira, o trio venceu a concorrência do Marrocos, que tentava ser o segundo país africano a sediar o Mundial. Foram 134 votos na candidatura unida, 65 em Marrocos e um voto em nenhuma das duas.
- Obrigado a todos da família Fifa. Obrigado por confiarem a nós esse privilégio - disse o presidente da Federação dos Estados Unidos, Carlos Cordeiro, logo após o anúncio da vitória.
A tríplice candidatura ganhou o direito de receber a primeira edição da Copa do Mundo com 48 participantes — o Qatar, em 2022, será o último com 32 seleções. Vale ressaltar que o inchaço na Copa ainda pode ser antecipado para a edição no Oriente Médio, mas a discussão só voltará à pauta da Fifa em outubro.
Para o México, será a terceira vez em que a Copa passará pelo país: as outras foram em 1970, no tricampeonato do Brasil, e 1986, quando a Argentina levantou a taça pela segunda vez. Os Estados Unidos foram sede em 1994, quando o Brasil faturou o tetra. Já o Canadá, terra natal do presidente da Concacaf, Victor Montagliani, nunca recebeu um Mundial.
Serão 16 sedes —nunca foram tantas (na candidatura, 23 opções foram apresentadas). O comitê organizador da candidatura tripla já definiu que 60 dos 80 jogos do Mundial de 2026 vão acontecer nos Estados Unidos. Os outros 20 jogos serão divididos meio a meio entre mexicanos e canadenses (hoje são 64 partidas).
No discurso de apresentação feito em Moscou, Cordero, da federação dos EUA, ressaltou que o Mundial geraria um montante de US$ 14 bilhões, sendo US$ 11 bilhões para a Fifa. Um recorde. Em termos de ingressos, a crença é que a venda bata a marca de 5,8 milhões vendidos.
A união Estados Unidos-México-Canadá teve apoio em bloco, obviamente, das associações da Concacaf (da qual o trio faz parte) e também da Conmebol (dos países sul-americanos). A votação nas outras confederações continentais foi dividida.
Além da África, Marrocos chegou à eleição com o apoio de parte da Europa, sobretudo de França e Espanha. Mas os votos da Ásia fizeram a diferença a favor do continente americano.