quinta-feira, 7 de junho de 2018

El País terá mulher na direção pela primeira vez

O jornal El País poderá ter pela primeira vez na história da publicação uma mulher ocupando o cargo de direção. O executivo-chefe do grupo Prisa e presidente do Conselho de Administração do EL PAÍS, Manuel Mirat, propôs  Soledad Gallego-Díaz para o lugar de Antonio Caño.
A indicação aconteceu nesta quarta-feira (6) e o nome de Soledad será submetido a votação consultiva entre a equipe do jornal. Após o resultado, o Conselho de Administração formaliza a nomeação.
A jornalista Soledad Gallego-Díaz, 67, está no El País desde a sua fundação em 1976. Atuou na cobertura política durante a transição do franquismo para a democracia. E foi uma das responsáveis por publicar com exclusividade o esboço da Constituição Espanhola de 1978.
Ao longo dos anos, também ocupou o cargo de correspondente internacional em Bruxelas, Londres, Paris e Nova York. Foi subeditora, diretora-adjunta e também Defensora do Leitor (ombudsman). Nos últimos anos escrevia semanalmente sobre política. 
Soledad Gallego-Díaz  recebeu vários prêmios ao longo de sua carreira, como o Salvador de Madariaga, o Margarida Rivière, o Francisco Cerecedo e o Cirilo Rodríguez. Em maio deste ano, obteve o Prêmio Ortega y Gasset por sua trajetória profissional.
Antonio Caño, que ocupava o cargo de diretor desde 2014, comandou uma das maiores guinadas realizadas pelo diário. Em 2016, enfrentando a sangria constante na circulação em papel e nas receitas publicitárias, ele anunciou a conversão do jornal a produto "essencialmente digital" e "cada vez mais americano". 
Jornais em banca de Madri, Espanha - REUTER

Folha de São Paulo