A manutenção da Selic em 6,5% pelo Banco Central mantém o Brasil na sétima colocação do ranking de juros reais, pelo site MoneYou em parceria com a Infinity Asset Management.
O país aparece com uma taxa real de juros de 2,91%, descontada a expectativa de inflação dos próximos 12 meses, e é superado por países como Indonésia, Índia, México, Rúsia, Turquia. A Argentina, que elevou a taxa de juros para 40% tentando evitar a desvalorização cambial do peso, aparece no topo da lista com juros reais de 23,89% ao ano. O Brasil aparecia no topo do ranking em 2016, quando tinha taxa real de juros de 8,49%.
- Não havia cenário macroeconômico para uma redução de juros agora. A economia cresce devagar e mesmo com a alta do dólar a previsão de inflação se mantém abaixo da meta para este ano e 2019 - explica Jason Vieira, autor do ranking de juros reais.
A Turquia, que também promoveu uma alta de juros (de 13,5% para 16,5%) para evitar a desvalorização da lira turca, surge na segunda colocação com taxa de juro real de 9,40%.
Os dois países estavam, respectivamente, nas mesmas posições em maio. A Rússia aparece na terceira colocação com juro real de 4,735%, enquanto o México surge em quarto lugar com taxa real de 3,68%. A Índia está em quinto com taxa de juro de 3,24% e a Indonésia aparece em sexto, com juro de 3,14%. A China está na 12ª colocação com juro real de 0,88%.
Segundo Jason Vieira, a Venezuela foi excluída do ranking por falta de consistência dos dados. Na lista, foi incluída a Nova Zelândia, país relevante em termos de oferta e demanda de títulos públicos. O juro real desse país está em 0,31%, ocupando a 13ª posição do ranking. O ranking acompanha o comportamento dos juros em 40 países e 82,5% optaram por manter a taxa de juros inalterada, enquanto 15% optaram pela elevação.