Em audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal, o ministro da Defesa, Braga Netto, respondeu, nesta quinta-feira (29), a questionamentos dos parlamentares. A solicitação para que o general do Exército fosse ouvido partiu da presidente da comissão, senadora Kátia Abreu (PP-TO). A participação do ministro atende à determinação do Regimento Interno do Senado segundo a qual os ministros das Relações Exteriores e da Defesa devem informar, a cada início de ano, as ações do Ministério ao CRE.
Apesar de ter assumido a pasta no início de abril deste ano, Braga Netto - que vinha chefiando a Casa Civil – não se eximiu de responder a uma das perguntas acerca do suscitado 'grande número de militares com cargos no Governo Bolsonaro'. O general disse que prefere enxergar “a diferença entre competente e incompetente”.
“E pelo que me consta a Constituição, o regramento jurídico, não vê diferença entre militar e civil. Eu, por mim, eu vejo a diferença entre competente e incompetente, tá?”, disparou o ministro à Comissão.
E acrescentou:
“Então, o que eu busco quando eu busco a pessoa, eu busco um perfil. Se o senhor observar a minha gestão na Casa Civil, a maior parte, a grande maioria do pessoal que trabalhava comigo, eram civis altamente capacitados. Impressionado com o trabalho deles”, esclareceu.
Questionado sobre uma suposta politização das Forças Armadas, Braga Netto respondeu:
“Eu volto a dizer: não existe politização nas Forças Armadas, tá?”, avisou.
“A Força Armada permanece. Ela se pauta pelo que está previsto na Constituição, dentro da Constituição. Eu não comento declarações nem que sejam do presidente, sejam do Rêgo Barros, isso são declarações pessoais. Mas, eu posso colocar uma posição minha. Quando nós falamos ‘o meu Exército’, não é só o meu. É o meu. É o seu. É o nosso Exército. Não é só o Exército: são as Forças Armadas. As Forças Armadas são de todos os brasileiros, tá? Então, eu acredito que, quando o presidente fala, mas é uma suposição; ele está se referindo como qualquer brasileiro deve se referir”, concluiu.
Jornal da Cidade