sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Abertura comercial e privatizações virão em 2021, diz Sachsida, secretário de Política Econômica

 

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Adolfo Sachsida, disse esperar que ao Congresso mantenha o ritmo de aprovacão de reformas econômicas em 2021Sérgio Lima/Poder360 09.jan.2020


A desvalorização do real em 2020 frente ao dólar é a oportunidade para reduzir alíquota de importações no início do próximo ano, disse ao Poder360 o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida. A moeda norte-americana encerrou a 5ª feira (3.dez.2020) 28% mais cara do que em 2 de janeiro. Ele também disse que o próximo ano será marcado por privatizações de estatais.

Sachsida lembra que a abertura comercial é uma promessa desde a campanha do presidente Jair Bolsonaro, na qual trabalhou como voluntário. “É uma política em prol de todo consumidor, mas sobretudo o mais pobre. Uma pessoa rica vai para os Estados Unidos comprar computador barato, roupa”. Ele disse que o ideário liberal do governo escolhido pelos eleitores inclui a consolidação fiscal e o aumento da produtividade da economia.

A abertura será conduzida pelo Ministério da Economia “com parcimônia e previsibilidade”. Ele disse que o ano de 2021 também será de privatizações e de mais reformas. “Em plena pandemia aprovamos marco do saneamento, lei do gás e de falências”. O processo será conduzido pela Secretaria Especial de Comércio Exterior do ministério.

Assista à íntegra da entrevista (36min35s):

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Sachsida espera que crédito ajude a manter o crescimento no início de 2021. “A poupança chegou a valores dificilmente vistos na história brasileira”, afirmou.

O PEAC maquininhas, linha que permite a microempresários adiantarem recebíveis durante a pandemia, emprestou R$ 1,3 bilhão a 40 mil pessoas. A liberação do crédito não depende de garantias.

Na avaliação do secretário, o resultado do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre deve ser comemorado. Houve crescimento de 7,7% no 3º trimestre em relação ao 2º, mas queda acumulada de 5% no ano.

O PIB cair nunca é bom, mas quando compara com as expectativas de abril, havia pessoas prevendo queda de 10%. O Fundo Monetário Internacional previa 9,1%, o Banco Mundial queda de 8%. Estamos encerrando o ano com uma queda que vai ficar ao redor de 4,5%. Acho que é um motivo para comemorar e mostra que quando o governo e o congresso trabalham em pareceria o grande vencedor é a população”, afirmou.

Ele disse que o auxílio emergencial poderia ter sido menor do que os R$ 600 pagos. “Quando você olha ex-post poderia. Mas foi uma decisão que naquele momento fazia sentido”, afirmou.

Paulo Silva Pinto, Poder360