No Rio de Janeiro, quase 50 militares foram assassinados neste ano. Tanto quanto as suas mortes, choca a postura de certos 'formadores de opinião', que condenam agentes policiais que reagem para não engrossar o número de mortos.
Kátia da Silva Sastre tem sido alvejada por hipócritas que estupidamente não se pejam em afirmar que a policial deveria ter rendido o bandido, e não atirado no meliante. O vídeo corre o mundo. O marginal apontou uma arma para mães e crianças indefesas.
Além de ter atirado primeiro, claramente partiu para cima das indefesas mães e filhos.
A ação de Sastre pode merecer reprovação de incautos. Mas, só ela, mãe sobretudo, teria que responder ao desafio enfrentado. E o fez. Provavelmente salvando vidas.
O marginal, de resto, já havia sido preso. E estava reincidindo.
Sem fazer apologia ao 'fazer justiça com as próprias mãos' - aliás, nesses dias chegou às telas o filme 'Desejo de Matar', que eternizou Charles Bronson, refilmado com Bruce Willis -, é intolerável que jornalistas usem o espaço na TV, no rádio, nos jornais e nas redes sociais para defender que policiais sejam 'heróis mortos'.
Quanta hipocrisia!
Esses mesmos 'jornalistas' deveriam acompanhar o que acontece com a Polícia em países sérios, onde a Justiça funciona. Quando os policiais ultrapassam o limite de suas atribuições são severamente punidos.
São respeitados pelos cidadãos, a quem defendem, colocando a própria vida em risco.
No Brasil, a Polícia é criminalizada. E a mídia tem grande responsabilidade pelo não reconhecimento do trabalho de policiais como Kátia da Silva Sastre.
Na ânsia de se passarem por profissionais isentos, jornalistas jogam a sociedade contra a Polícia, como se o policial não fosse um integrante dessa sociedade, e com papel relevante ao protegê-la.