Comando Vermelho e PCC expandem atuação na Amazônia Legal | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Região registrou mais de 8 mil mortes violentas em 2023, alta de 41,5% em relação à média nacional
A Floresta Amazônica virou um território em disputa pelo crime organizado. Facções como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) estão expandindo suas operações no garimpo ilegal, no tráfico de drogas e no desmatamento. A apuração é do portal Metrópoles.
Em 2023, a Amazônia Legal registrou mais de 8 mil mortes violentas, um aumento de 41,5% em relação à média nacional. Diante desse cenário, a Polícia Federal (PF) intensificou as ações para conter a expansão de organizações criminosas.
Dos 772 municípios que compõem a Amazônia Legal, 260 já possuem presença confirmada de facções criminosas. O Comando Vermelho, originário do Rio de Janeiro, controla pelo menos 130 municípios, principalmente em áreas de fronteira com a Bolívia, o Peru e a Colômbia. Já o PCC domina outras 28 cidades estratégicas. O coordenador-geral de Proteção da Amazônia, Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico e Cultural da PF, Renato Madsen, falou ao portal Metrópoles sobre o trabalho da corporação para impedir que a região se consolide como uma nova “rota do crime organizado”.
“Já se veem várias organizações criminosas voltadas ao crime ambiental”, explicou Madsen. “Das facções criminosas, a PF tem uma preocupação a mais para que elas não adentrem efetivamente no crime ambiental.”
O avanço das facções na região também fortalece outras redes criminosas, incluindo o tráfico de cocaína, maconha, armas e até de pessoas.
PF atua para reprimir facções
Em 2024, as operações de repressão ao crime organizado já causaram um prejuízo estimado em R$ 5,6 bilhões às facções — quase o dobro do registrado no ano anterior. Entre as ações de maior destaque está a Operação Pronta Resposta, deflagrada em dezembro de 2023. Depois da abordagem de uma aeronave suspeita no Aeroclube do Amazonas, a PF apreendeu 47 kg de ouro em barras, avaliados em cerca de R$ 14 milhões.
Segundo as investigações, o carregamento estava vinculado a membros do Comando Vermelho.
Revista Oeste