Advogados querem que Débora dos Santos possa mudar para o regime domiciliar, sobretudo por ela ser mãe de crianças menores
A cabeleireira Débora dos Santos, de 39 anos, com a família | Foto: Reproduç
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva da cabeleireira Débora dos Santos, detida por causa do 8 de janeiro. A defesa tentava obter o regime domiciliar.
Proferida na sexta-feira 21, a decisão ocorreu mesmo depois de Débora mandar uma carta à Corte, na qual pediu desculpa por escrever “perdeu, mané”, com batom, na estátua da deusa Têmis, que fica em frente ao STF. Desde março de 2023, a paulista de Paulínia se encontra no cárcere. Durante um ano, ela permaneceu enjaulada, mesmo sem denúncia formal da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PGR só ofereceu a acusação depois de Oeste revelar que a mulher estava no presídio sem queixa. Pouco depois, a 1ª Turma do STF tornou Débora ré. Caso seja condenada pelo STF, Débora pode pegar até 17 anos de cadeia.
Embora não se saiba a justificativa de Moraes para rejeitar outra vez a liberdade à mulher, em outra oportunidade o juiz do STF alegou o seguinte: “Não merece prosperar o pleito pela substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar (…) Na presente hipótese, permanece possível a restrição excepcional da liberdade de ir e vir, ante a periculosidade social e a gravidade das condutas atribuídas à ré, conforme denúncia oferecida pela PGR”.
Quem é Débora dos Santos
A cabeleireira Débora dos Santos, com os dois filhos menores, durante um culto evangélico | Foto: Reprodução/Redes sociais
Casada com o pintor Nilton Cesar, Débora é mãe de duas crianças, uma com 6 anos e outra com 9 anos.
A mulher também é religiosa. Antes de ir para a cadeia, Débora frequentava a Igreja Adventista do 7º Dia.
No ano passado, os filhos de Débora gravaram um vídeo no qual
fizeram um apelo à Justiça pela soltura da mãe. Diversos
parlamentares, como os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e
Bia Kicis (PL-DF), compartilharam o conteúdo. “Todos vão pagar por
isso”, disse Gayer. “Isso é cruel e desumano”, constatou Bia, ao
mencionar o projeto de lei da anistia.
Revista Oeste