O resultado aparece na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE
No segundo trimestre de 2021, a taxa de desemprego no país caiu para 14,1%. Houve a redução de 0,6 ponto percentual sobre a proporção nos primeiros três meses do ano (14,7%). Entretanto, comparando com o intervalo entre abril e junho de 2020, ocorreu o crescimento de 0,8 ponto percentual (13,3%).
Os números aparecem na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada nesta terça-feira, 31, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o estudo, a quantidade de trabalhadores ocupados avançou 2,1 milhões (2,5%), atingindo 87,8 milhões. Ainda assim, 14,4 milhões de brasileiros estão em busca de um emprego. A taxa de ocupação no país ficou em 49,6%.
“O crescimento da ocupação ocorreu em várias formas de trabalho”, afirmou em nota Adriana Beringuy, analista da pesquisa do IBGE. “Até então, vínhamos observando aumentos no trabalho por conta própria e no emprego sem carteira assinada, mas pouca movimentação do emprego com carteira. No segundo trimestre, porém, houve um movimento positivo, com crescimento de 618 mil pessoas a mais no contingente de empregados com carteira.”
O número de pessoas que deixaram de procurar emprego reduziu para 5,6 milhões, uma queda de 6,5%.
O trabalho por conta própria
No segundo trimestre, o número de brasileiros trabalhando por conta própria atingiu 24,8 milhões. A quantia é 4,2% maior ante o período anterior (janeiro a março). Em um ano, o contingente avançou 3,2 milhões (14,7%).
Adriana observa que o aumento da ocupação no segundo trimestre foi gerado, principalmente, por atividades relacionadas à alojamento e alimentação (9,1%), construção (5,7%), serviços domésticos (4,0%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,8%).
A informalidade cresceu
A soma de trabalhadores informais ficou em 35,6 milhões (40,6%). No trimestre anterior, a taxa estava em 39,6%, com 34,0 milhões de informais. Há um ano eram 30,8 milhões (36,9%).
Subocupados atingem recorde de 7,5 milhões
O grupo de pessoas que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar — subocupados por insuficiência de horas trabalhadas — bateu o recorde de 7,5 milhões. O valor equivale a 34,4% de aumento sobre o mesmo trimestre do ano anterior.
A quantidade de trabalhadores subutilizados, aqueles desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial, ficou em 32,2 milhões. O número representa uma redução de 3,0% em relação ao primeiro trimestre (33,2 milhões). A taxa composta de subutilização marcou 28,6%.
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Artur Piva, Revista Oeste