O presidente Jair Bolsonaro visitou, nesta quinta-feira (27), a Terra Indígena Balaio, em São Gabriel da Cachoeira, estado do Amazonas. Ele inaugurou a ponte sobre o igarapé Rodrigo e Cibele, que fica dentro da reserva dos índios, no Km 91 da BR-307.
A obra, executada pelo Exército Brasileiro em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), fica próximo ao maior depósito de nióbio do mundo e, apesar do presidente estar no “coração da Amazônia”, foi reconhecido pelo povo indígena e recebeu uma calorosa “boas-vindas” dos Yanomami Maturacá.
Durante a breve passagem de Bolsonaro pela comunidade, ele ganhou um cocar confeccionado pelos índios. Esse tipo de adereço só é presenteado em ocasiões muito especiais e tem valor simbólico para quem efetuou com mérito próprio atos de coragem “na batalha”. As penas significam as próprias ações de bravura e marcam o respeito que a tribo tem pelo líder.
Após conversar com a comunidade, ouvir muitos elogios e também as demandas locais, o presidente assistiu a performances culturais e realizou breve discurso, agradecendo a receptividade.
O chefe do Planalto não se furtou o dever de alertar a comunidade indígena, afirmando que organizações internacionais têm interesse em limitar a condição de vida dos índios e defendeu a utilização comercial das terras indígenas, um dos temas de sua campanha eleitoral de 2018.
E, sobre isso, ele falou:
“O índio deve ser o dono da sua própria terra” — ser independente e soberano para realizar suas próprias escolhas — sem nenhuma subordinação de agentes que tentam interferir nas comunidades”, avisou.
O povo Yanomami sofre com o garimpo ilegal em suas terras há décadas e jamais receberam a visita in loco de um chefe do Executivo.
Jornal da Cidade