A liminar do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, a pedido do PSB, proibindo operações policiais em favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia, provocou indignação entre policiais que arriscam a vida enfrentando o crime organizado. A impressão é que foi criado uma espécie de “protetorado do tráfico”, onde o poder público está impedido de fazer operações policiais contra bandidos por longo período.
O ministro da Justiça, André Mendonça, avaliou a decisão como preocupante. Segundo a assessoria, ele vai solicitar uma avaliação do impacto da decisão sobre a vida do cidadão e das políticas de segurança aos órgãos de segurança pública do Ministério e do Estado do Rio de Janeiro.
A pandemia pode durar meses no Brasil, talvez até 2022. A decisão de Fachin veda operações policiais nas favelas enquanto houver covid-19.
A doença impede a polícia de fazer seu trabalho, mas não os bandidos, que estão livres para atuar. Não há precedentes na História.
Questionados, o PSB não contou a serviço de que ou de quem está sua iniciativa. Fachin também não explicou o prazo vago da sua liminar.
Esse “salvo-conduto” sem prazo para acabar, que proíbe a polícia de agir no morro, foi celebrada em bailes funk com vivas às gangues do tráfico.
A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.