Se nesse momento você sair às ruas e perguntar a cem pessoas sobre o apoio ao Supremo Tribunal Federal existe a probabilidade de não encontrar uma sequer que seja favorável. A sacra corte, aquela que deveria ser o orgulho do povo, o lugar da busca pelo socorro do injustiçado, nesse momento, é o poder representativo da insegurança jurídica.
A 'espiada' no Supremo se tornou comum por parte do povo brasileiro e o que viram e veem não tem agradado.
O povo, num passado recente, entendia que, para alguém ser Ministro do STF deveria percorrer um longo caminho, não poderia ser um imaturo. Na mente popular, a capacidade jurídica de um sujeito que se tornasse Ministro deveria ser inquestionável.
Que a vida desse cara, em todos os aspectos, deveria ser inviolável, conduta ilibada.
No entanto, foi duro para a sociedade descobrir que, a maioria dos ministros nunca foram juízes e chegaram ao topo devido a influência política e a politicagem.
Foi duro para o povo descobrir que, o Ministro Dias Toffoli, não conseguiu ser aprovado no concurso de juiz, mesmo assim, se tornou a maior autoridade do Poder Judiciário brasileiro.
Como assim? Não passou no concurso, mas se tornou presidente da Corte? Pois é, foi duro para o povo descobrir que, Toffoli, laborou como advogado do PT e a política, não a capacidade jurídica, o fez galgar ao topo.
E Alexandre de Moraes? Diga se não foi decepcionante para sociedade descobrir que, Alexandre, se desfiliou do PSDB para assumir a posição de Ministro.
Imagine o tamanho do desapontamento. O povo brasileiro, a cada instante tem compreendido que a "corte dos interesses" serve mais a política que a pátria.
Infelizmente, os Ministros, parecem mais advogados particulares.
No sexto período de Direito na aula de Constitucional o professor nos ensinou que: os ministros do Supremo não devem ceder a vontade popular.
Ou seja, o professor estava convicto e convencido que o Supremo é um poder superior capacitado para interpretar a Constituição e aplicar, ainda que o povo não apoie.
O amado professor nem percebeu que instruía sobre liberdade e ele estava defendendo a ditadura de um poder e tratando com afago a escravidão. Na opinião daquele professor o Supremo é ditatorial e age de acordo com a sua prepotência, porém, ele nem percebeu que pensava assim.
Alguém rebateu o professor e disse: Não prof! A Constituição afirma que o poder emana do povo. Isso significa que a vontade popular quem exige as reais mudanças.
O amado mestre não recuou e quase toda a sala concordou com ele. Loucura, não! Imagine a turma de Direito concordando que um dos três poderes tem o dever de ignorar a vontade popular! Agora pare e pense, esses ministros, certo dia participaram de uma aula de Direito Constitucional que instruía tal. E, hoje, atuando no cenário maior do jurídico brasileiro estão colocando em prática o que lhes foi instruído na sala.
Só pode ser isso.
Não pode ser normal o desprezo do povo em relação ao STF. Algo tá errado. Mas, eles não estão nem aí. Os ministros a cada momento se movem de acordo com a própria arrogância enfrentando todos, sem o mínimo de preocupação com a reprovação popular.
Na espiada que o povo tem dado no Supremo tem visto um poder rebelde e intolerante. Eles agem e pronto. Afrontam a vontade do povo como se ninguém estivesse vendo. Decisões dúbias, arbitrárias e poderosas o suficiente para soltar ou prender. Se estiver escrito na Constituição eles interpretam ao bel prazer, se não estiver, eles agem, conforme o processo das "Fake News", impõe.
Assim, eles investigam os camaradas que os acusam, aproveitam e julgam em todo tempo sem a devida preocupação com o olhar do povo. Ora bolas, o povo queria a prisão em segunda instância, mas os ministros não se importaram.
O povo não queria que governadores e prefeitos decidissem no lugar do presidente, mas os ministros não se importaram. O povo queria o Ramagem como Diretor da Policia Federal.
Enfim! O povo não quer a cassação da chapa Bolsonaro e Mourão, mas ao que tudo indica, o super poderoso supremo, não se move pela vontade popular, conforme dito na sala de aula.
Porém, sempre tem alguém de olho. Alguém que pensa na liberdade. Que não aceita a ditadura em nenhuma hipótese. Existe uma imensidão clamando conjuntamente com o aluno que rebateu o professor: O poder emana do povo. Tá dito na Constituição. Bem lembrado: o Brasil é nosso e não de 11 homens togados.
Josinelio Muniz
Jornal da Cidade