A expectativa de um novo corte na taxa básica de juros pelo Banco Central e a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o governo vai retomar as reformas nos próximos 60 a 90 dias aceleraram a alta da Bolsa de Valores brasileira nesta quarta-feira (17).
O Ibovespa, principal índice acionário do país, encerrou em alta de 2,15%, aos 95.547 pontos. O volume financeiro somou R$ 69,4 bilhões.
A estimativa de um corte de 0,75 ponto percentual na Selic -o que levaria as taxas de juros para 2,25% ao ano- já dava o tom positivo na Bolsa brasileira desde a manhã desta quarta-feira. No início da tarde, o ministro da Economia -que participava de um evento online- afirmou que o governo finaliza os programas emergenciais e que deve acelerar a volta às reformas nos próximos três meses.
"Essa alta generalizada é um movimento mais local, já que não tivemos tantas boas notícias para justificar esse movimento. A fala de Guedes sobre retomar as reformas e sobre privatizar a Eletrobras ainda este ano foram notícias que agradaram o mercado", afirmou o analista da Rico Investimentos, Matheus Soares. Eletrobras foi a maior alta do Ibovespa nesta quarta-feira: subiu 9,99%, para R$ 31,70.
Em dia volátil no exterior, as Bolsas americanas oscilaram diante das notícias sobre o avanço do coronavírus nos EUA e ante a perspectiva de uma nova rodada de bloqueios econômicos, que acabaram atenuando o otimismo dos investidores. S&P e Dow Jones caíram 0,36% e 0,65%, respectivamente.
O dólar registrou a sexta alta consecutiva nesta quarta-feira (17) e encerrou cotado em R$ 5,2580 (+0,36%). A moeda também foi influenciada pelas expectativas em torno da decisão de política monetária brasileira e pela força da divisa no exterior.
Com Reuters
