A balança comercial teve superavit de US$ 4,548 bilhões em maio, segundo a Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. O saldo é o menor resultado para o mês desde 2015, quando atingiu US$ 2,75 bilhões.
Os dados foram divulgados nesta 2ª feira (1º.jun.2020).
Houve queda de 11,1% em relação a maio de 2019. O superavit foi o resultado das exportações, que somaram US$ 17,940 bilhões no mês, menos as importações (US$ 13,392 bilhões).
Em comparação com igual período do ano passado, as exportações caíram 4,2%. As importações recuaram 1,6%.
Em análise publicada em seu site, a secretaria disse que a queda nas importações foi influenciada por operações de nacionalização de duas plataformas de petróleo, que totalizaram, juntas, US$ 2,7 bilhões.
“Essas operações ocorrem devido à migração do regime aduaneiro especial Repetro para o regime aduaneiro especial ‘Repetro-Sped’. O novo regime, implementado em 2018, determina que equipamentos admitidos temporariamente na importação, com pagamentos de afretamentos e aluguéis, sejam nacionalizados”, disse.
Excluindo este fator, as importações de maio recuariam 21,7% em comparação com o mesmo mês de 2019. O saldo comercial teria alta de 42,4%, segundo o Ministério da Economia.
No acumulado do ano, a balança comercial fica positiva em US$ 16,349 bilhões. O saldo é resultado de US$ 85,301 bilhões das exportações e US$ 68,952 bilhões das importações.
O superavit comercial do período teve queda de 19,5% na comparação com janeiro a maio do ano passado, quando foi de US$ 20,303 bilhões. O resultado também foi o pior desde 2015, quando atingiu deficit US$ 2,344.
EXEPECTATIVA PARA 2020
O Ministério da Economia manteve a projeção para o saldo da balança em 2020 divulgada no mês passado. A estimativa é de que haja superavit de US$ 46,6 bilhões, 3% a menos do que em 2019.
A expectativa para o ano é de as exportações somem US$ 199,8 bilhões, com queda de 11,4% em relação ao resultado de 2019, de US$ 225,4 bilhões. Já a importação deverá encerrar o ano com US$ 153,2 bilhões, redução de 13,6% em relação aos US$ 177,3 bilhões.
Hamilton Ferrri, Poder360
