sábado, 9 de maio de 2020

Guedes garante que, sem aumento salarial de servidores, país volta à trilha do ajuste fiscal

O ministro afirmou que é preciso garantir que os gastos com a Previdência, os juros da dívida e as despesas com o funcionalismo sigam controlados
Foto: Ministério da Economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado, 9, que se o presidente Jair Bolsonaro vetar o reajuste salarial do funcionalismo público, o Brasil volta para a trilha do ajuste fiscal em 2021.
“Se o presidente vetar esse aumento, como disse que vai fazer, o déficit fiscal extraordinário por conta das medidas para combate à pandemia fica restrito a este ano”, garantiu Guedes, durante uma videoconferência organizada pelo Itaú BBA.
Guedes afirmou que é preciso garantir que em 2021 os gastos com a Previdência, os juros da dívida e as despesas com o funcionalismo sigam controlados. Ele observou que os dois primeiros itens – ou inimigos, como ele denominou – já estão controlados por conta da reforma da Previdência e pela mudança de política econômica.
O ministro acrescentou que acredita que existe uma consciência hoje no Brasil sobre a necessidade da sustentabilidade fiscal. “O que pedimos agora é que o funcionalismo público faça uma contribuição”, disse.
Guedes garantiu que o governo Bolsonaro não vai aumentar carga tributária. Ele enfatizou que a ideia de saída da crise econômica através de investimento público e impostos não vai acontecer. “Não será conosco”, afirmou.
Ainda voltando a destacar sua contrariedade aos aumentos salariais para o funcionalismo público, aprovados pelo Congresso Nacional, ele disse que “seria um equívoco manter o reajuste aos servidores”. “Não é um caminho razoável”.
, Revista Oeste
* Com informações do Estadão Conteúdo