segunda-feira, 27 de abril de 2020

"Após apoio de Bolsonaro a Guedes, Bolsa fecha com alta de 3%", diz manchete do Estadão. Na verdade, a elevação chegou a 3,86%. Mas, como a velha imprensa torce pelo 'quanto pior, melhor', a verdade vai para o vinagre

Bolsa de Valores de São Paulo fechou esta segunda-feira com alta de 3,86%, aos 78.238,60 pontos. Já o dólar teve picos de alta, mas terminou o dia estável, com uma queda de 0,03%, sendo negociado a R$ 5,65.
Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, já começou o dia em alta de 3%, no patamar dos 77 mil pontos. Impactado pelo fim do negócio entre Boeing e Embraer, o índice cedeu por volta das 10h30, aos 76.266,71 pontos. No entanto, a queda foi momentânea e a Bolsa rapidamente recuperou o movimento de alta. Na máxima do dia, às 16h16, a B3 subia aos 78.517 pontos.

Dólar
Cotação do dólar acumula alta de quase 40% este ano. Foto: JF Diorio/ Estadão
Os ganhos desta segunda são uma resposta às declarações dadas pelo ministro da EconomiaBolsonaro, a ministra da AgriculturaTereza Cristina, e o ministro da InfraestruturaTarcísio de Freitasna saída de uma reunião no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o presidente afirmou que e "o homem que decide economia no Brasil é um só e se chama Paulo Guedes"
Ao lado de Bolsonaro, Guedes sugeriu aos trabalhadores que não peçam aumento por um ano e meio. Segundo ele, a política econômica segue a mesma, com a agenda de reformas estruturais, e que o ministro da Casa CivilWalter Braga Netto, integra ações de todos os ministérios.

Nesse cenário, o dólar seguiu em ritmo de alta nesta segunda, chegando novamente ao patamar de R$ 5,70, uma alta de 0,70%. Pela manhã, em sintonia com o bom humor dos mercados asiáticos e europeus - e também com o aceno positivo vindo do Palácio do Planalto, a moeda chegou a apresentar queda, mas logo tornou a subir: às 16h04, ela era negociada a R$ 5,71 - foi apenas no final da tarde que o valor recuou para a casa de R$ 5,65.

Com O Estado de S.Paulo