quinta-feira, 30 de abril de 2020

Novo relatório da Polícia Federal vai mostrar que Adélio Bispo agiu sozinho na tentativa de assassinar Bolsonaro. Talvez esteja aí a explicação para o fato de Alexandre de Moraes ter barrado um novo chefe para a PF. O 'mecanismo' segue operando

Adélio Bispo de Oliveira é escoltado por policiais no aeroporto de Juiz de Fora
Ramagem para chefiar a Polícia Federal. 

Num contexto mais amplo, registre-se que há um movimento de velhos políticos para tentar desestabilizar o governo Bolsonaro, à frente, tipos como FHC, Rodrigo Maia e até criminosos condenados, como Luiz Inácio Lula da Silva, e ministros do STF, da espécie de Gilmar Mendes.


Leia a matéria de O Globo

A Polícia Federal apresentará nas próximas semanas um relatório com resultado de tudo que já investigou sobre o atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro, em 2018, quando levou uma facada de Adélio Bispo de Olivera durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O relatório parcial mostrará que as provas colhidas não mostram a participação de terceiros, nem a existência de um mandante para o crime.
Essa é a segunda investigação da PF sobre o episódio. Na primeira, finalizada em setembro de 2018, a PF concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho no dia e no momento em que esfaqueou Jair Bolsonaro.
Até agora, 192 pessoas foram ouvidas entre testemunhas e suspeitos, sendo 103 formalmente e 89 entrevistadas em campo. A investigação também conta com 23 laudos periciais que trazem dados extraídos de celulares e computadores de investigados e resultados de exames feitos a partir de notícias postadas em redes sociais, que apontavam, supostamente, a participação de terceiros no atentado, o que foi descartado até o momento. 
Após a apresentação desse relatório, a investigação seguirá em andamento. A PF aguarda o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se a perícia do celular e de dados bancários e fiscais de Zanone Manuel de Oliveira, o advogado de Adélio, podem ser feitas pela PF no âmbito dessa investigação. O objetivo dos investigadores com a análise do material é saber se o advogado foi pago para atender Adélio e por quem. 
Mesmo depois de o juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), concluir que Adélio tem transtorno delirante persistente e que não pode ser punido criminalmente, a PF também trabalhou com a hipótese de um terceiro ter se “aproveitado” da doença para incitá-lo a cometer o crime. No entanto, nenhuma diligência ou testemunha conseguiu comprovar isso até agora.

O prazo para apresentar o resultado das investigações terminaria na próxima semana, mas está suspenso devido à pandemia do coronavírus. Mesmo assim, o relatório parcial será concluído.